Para além da reunião, cujo lema foi “minha carência não pode condicionar os meus estudos. 150 kzs é muito para autocarro público”, o movimento mobilizou alunos e a sociedade, em geral, para uma manifestação pacífica, que teve como mote esta subida do preço dos transportes públicos.
O MEA entende que esta situação pode condicionar os estudantes mais carentes, pelo que propõe que o valor seja 70 kwanzas, ou disponibilizem cartões de acesso aos transportes públicos para todos os estudantes, isto desde os do ensino primário ao universitário.
Além das propostas já mencionadas, o movimento sugeriu ainda que sejam disponibilizados transportes exclusivos para os estudantes, de modo a minimizar os constrangimentos, como ter que suportar enormes filas para apanhar o autocarro, ou partilhar com os trabalhadores e as restantes pessoas que utilizam este bem público.
“A subida do preço dos transportes públicos incentivou à especulação dos preços do táxi, uma vez que o valor do táxi para 200 kzs equivale a 16 quilómetros, mas, tem se verificado um grande incumprimento. Por isso, apelamos ao Ministério do Interior, em particular a Polícia Nacional, que fiscalize esta situação”, disse Francisco Teixeira, presidente do MEA.
No mesmo diapasão, alinhou o vice-presidente daquele movimento, Joaquim Lutambi, tendo reforçado que “se tivermos que mobilizar os estudantes para a rua, vamos, sim, e faremos manifestações incessantes até que o governo recue com esta medida injusta”. Lutambi afirmou ainda que já têm todos os passos bem definidos, sendo o primeiro a sensibilização e mobilização dos estudantes e, enquanto isso, farão a apresentação das suas propostas ao governo provincial e ao governo central.
A seguir, darão um intervalo de aproximadamente sete dias, para que sejam respondidos, só depois poderão passar para a manifestação com os estudantes. Salientam ainda que, se for para manter o preço de 150 kzs para os transportes públicos, que sejam criadas melhores condições, como a transportação dos passageiros de uma forma mais digna, e não deve haver uma discriminação dos estudantes (entre os mais e menos privilegiados)