De Janeiro a Novembro foram registados seis mil e 300 casos de mortes por malária no país inteiro. Comparativamente a igual período do ano passado, houve uma redução de aproximadamente dois mil óbitos, revelou o coordenador Adjunto do Programa Nacional do Controlo da Malária, Rafael Dimbu.
Por: Maria Teixeira
segundo o responsável, pronunciandose ontem à imprensa, em termos de mortes, comparando com o ano passado, o país conheceu uma redução de quase 30%, uma taxa que deverá reduzir ainda mais. Rafael Dimbu explicou que o combate à malária não passa apenas pelas medidas do Ministério da Saúde, todavia, a população tem a ferramenta chave para a sua eliminação, isto é, evitar águas paradas, enterrar o lixo, fazer plantações ao arredor das casas, usar mosquiteiros e manter a higiene das suas casas.
Entre as componentes de prevenção a serem implementadas, destacou a pulverização intra e extra domiciliar direccionada aos municípios classificados como de alto risco, a distribuição de redes mosquiteiras e a campanha de consciencialização da população sobre os métodos de prevenção da malária.
“A malaria é um grande problema de saúde pública e com “ batê-la não é fácil. Nós fizemos a nossa parte, mas a população deve fazer também a sua e comparticipar nessa luta”, alertou. Explicou que, para tal, é preciso enterrar o lixo, tapar os reservatórios de águas paradas, manter a higiene em redor da casa, e dormir sob protecção dos mosquiteiros.
Disse ainda que é na Estação das Chuvas que se regista uma subida significativa nos casos de malária por todo o país, contrariamente ao tempo de Cacimbo. “Normalmente, o país regista três milhões de casos, salvo no ano de 2016 em que vivemos aquele período negro da crise e durou quase o ano todo.
Os dados dispararam um pouco e foram quase a dobrar”, disse. Assinalou que deste número Luanda contribui normalmente com 20% de casos, por ser a província mais povoada, e, em relação a essas patologias, as crianças menores de cinco anos e as mulheres grávidas serem os grupo mais vulneráveis.
Segundo Rafael Dimbu, actualmente há um stock razoável de medicamentos para casos epidêmicos de malária, apesar de ser necessário mais abastecimento, devido aos casos específicos que se registam em várias regiões do país.
“Sempre que ocorrem situações consideradas anómalas (aqueles pequenos surtos) que surgem em algumas áreas, implica um reforço em medicamentos, e neste momento podemos falar de mais um reforço, porque estamos a viver situações muito especiais, principalmente como a região de Cafunfo, Huambo e um pouquinho pelo resto do país”, pontualizou.
Aproveitou a ocasião para esclarecer a situação de Cafunfo que constitui uma das preocupações do sector, que, porém, nesse momento está sob controlo e toda a equipa está de plantão no terreno para dar resposta à situação. “Todas as condições para atender à demanda da população local estão criadas, e, nos próximos tempos, Cafunfo vai voltar ao normal”, garantiu.