As gémeas siamesas serão enterradas hoje no cemitério do Benfica
As gémeas siamesas que partilhavam o mesmo coração e fígado, nascidas a 02 de Abril, na maternidade Augusto Ngangula, em Luanda, morreram ontem. Esta informação foi prestada a OPAÍS, no final do dia, por Panzo Afonso, de 34 anos, pai das meninas que não chegaram a ser registadas nem a ter nome.
Consternado com a situação, declarou que a primeira faleceu por voltas das 5horas da manhã e a segunda, às 13horas, numa das incubadoras do Hospital Pediátrico David Bernardino, e serão sepultadas hoje, no cemitério do Benfica. “Elas eram trigémeas e vieram duas siamesas.
A outra permanece internada com a mãe (Maria Tomé) e o seu estado de saúde regista melhoria”, afirmou. Apesar de ainda não ter sido registada, os pais da pequena que se encontra na referida maternidade atribuíram-lhe o nome de Josefina Verónica Basílio Afonso.
Contou que tomaram conhecimento de que seriam trigémeas atempadamente, através das ecografias que a sua esposa, Maria Tomé, de 28 anos, fez no período de gestação, mas que não imaginavam que seria pais de siamesas. Na época, não chegaram a escolher nome para as mesmas. “Ninguém contou com esta surpresa”, afirmou. “Infelizmente a situação é esta.
Que desfecho? As toxinas começarem a circular pelo organismo da outra e esperarmos aquele desfecho que ninguém gosta de ter. Mas, tudo isto é superior à nossa vontade e aos esforços que foram feitos”, declarou a diretora clínica do hospital pediátrico, Margarida Correia, à Lusa, antes da morte da segunda siamesa.