O edifício encontra-se em estado avançado de degradação e há muito que as pessoas que nele habitavam, estima-se mais de 100 família, clamavam por intervenção das autoridades.
O imóvel faz parte de cerca de uma centena de prédios em avançado estado de degradação na cidade do Huambo, capital da província com o mesmo nome.
Na manhã de quarta-feira, conforme informações colhidas por este jornal, começou o processo de mudança para a centralidade “Fernando Faustino Muteca”, no município da Caála, onde o governo local acredita haver
melhores condições de habitabilidade para as 121 famílias. Nos próximos tempos, o prédio vai ser demolido.
Em Despacho Presidencial número 255/23, de 25 de Outubro, João Lourenço autoriza a demolição de 13 edifícios no país, nomeadamente nas províncias do Huambo, Bié, Cuanza-Sul e Luanda, com a justificação de que os mesmos estão em estado avançado de degradação.
Diz ainda que a medida visa preservar o bem vida e, por conseguinte, garantir condições dignas de habilitação aos cidadãos de prédios visados.
A maior insatisfação de alguns moradores consistia no facto de o Governo não ter contemplado as pessoas que procederam à entrega de estabelecimentos comerciais, no entanto, a direcção da Habitação no Huambo assegura que essa questão vai ser acautelada com a entrega de apartamentos.
“Os proprietários de lojas vão ser realojados aqui, mas não vão receber lojas. Governo já não tem lojas disponíveis”, disse Wilson Jordão, chefe de Departamento Provincial da Habitação.
A medida de destruição do imóvel é motivada por uma avaliação técnica feita pelo Laboratório de Engenharia de Angola, tendo os especialistas, na altura, sustentado que o número elevado de fissuras serviu como que um alerta para se avançar com o desalojamento.
Foi em função deste parecer técnico que o Titular do Poder Executivo autorizou ao departamento ministerial de habilitação a demolição do imóvel.
O chefe de Departamento do Instituto Nacional de Habilitação revelou, à imprensa local, que, para o dia de quarta-feira, a entrega simbólica, às primeiras horas do dia, abrangeu apenas mais de 20 moradores, prometendo sequência do processo.
Para se evitar cidadãos aproveitadores no aludido processo, o responsável diz ter sido feito um levantamento exaustivo, em Outubro de 2023, para se saber efectivamente quem eram os proprietários.
“Hoje, sim, felizmente, este processo começa e os moradores, paulatinamente, serão realojados aqui na centralidade Fernando Faustino Muteca”, assegura, ao acrescentar que a prioridade recaiu para moradores de contrato de arrendamento com o Estado.
De acordo com o responsável, o Estado, porém, na qualidade de ente de bem, catalogou também algumas famílias que se encontravam a residir em anexos (antes destinados a lavandarias).
Por: Constantino Eduardo