Alguns moradores da zona do “Arreiou”, no Distrito Urbano do Hoji Ya Henda (Cazenga), aplaudiram a medida de suspensão temporária da actividade comercial na zona, pela Administração Municipal, para permitir a redução dos resíduos sólidos
A medida que vigora por 72 horas, a contar desde Segunda-feira (29), visa a reorganização da actividade mercantil naquela circunscrição, porquanto assistia-se a venda ambulante desordenada.
Em declarações à ANGOP, ontem (Terça-feira), em Luanda, um dia após a suspensão dessa prática, alguns moradores da Avenida Ngola Kiluanje e dos arredores da vulgarmente chamada “ Zona do Arreiou”, onde se comercializam artigos a preços razoáveis, partilharam da mesma opinião.
Segundo eles, com o encerramento provisório foi possível notar menos quantidade de lixo e maior fluidez na circulação de viaturas e pessoas.
A moradora da rua do “Arreiou”, Maria de Fátima, reformada de 64 anos de idade, disse que desde o dia da proibição, Segunda-feira, tem tido pouco resíduos na área de residência e sem pessoas a venderem, junto ao portão da sua casa, situação que satisfaz qualquer um.
Acrescentou que, embora se registe algum fluxo de pessoas na rua, na expectativa de conseguirem vender os seus negócios escondidos em quintais, mesmo com a presença de efectivos da Polícia e da fiscalização, o dia de hoje [ontem] foi diferente, o trânsito automóvel e de peões ocorre sem grandes constrangimentos.
Já o jovem Celso Agostinho elogiou a medida e sugeriu a transferência de todos aqueles que vendem artigos no interior das ruas do Hoji ya Henda, a exemplo do que está a ser feito na zona do São Paulo, município de Luanda.
Considera ser já altura de se pôr fim às transgressões administravas neste bairro e devolver a calma e a qualidade de vida, daí a medida merecer maior reflexão.
Marinela Gomes, que vende vestuário adquirido nos armazéns do Hoji ya Henda, na sua página online, mostrou-se triste por não conseguir comprar o negócio para revender, optando por ir procurar no Mercado dos Combustíveis, onde foram transferidos os que praticavam venda desordenada no São Paulo.
Outro cidadão que não conseguiu esconder a sua inquietação é José Alfredo, que foi adquirir uma motorizada e deparou-se com o encerramento dos armazéns.
A venda desordenada no Cazenga era mais evidente no Distrito Urbano do Hoji Ya Henda, considerado por muitos como um dos maiores centros de comercialização no país de diversos produtos (electrodomésticos, vestuário, calçados, mobiliário, bens alimentares e outros) a preços razoáveis.