Ultimamente, os infractores têm buscado inúmeras informações a respeito das pessoas que têm como vítimas para que, a posterior, as utilizem para obter aquilo que são os seus desejos que culminam sempre numa burla
Segundo o superinten- dente Rodrigues Ambrósio, às vezes, as vítimas expõem informações em círculos fechados ou mesmo particulares, a desconhecidos e, esses, por má- fé usam-nas contra si. O uso descuidado das redes sociais, segundo o oficial do SIC, é outra via em que os infractores conseguem obter informações das vítimas para aplicar golpes de burla. Outra situação muito recorrente junto dos ATM’s tem a ver com a troca de cartões de débitos.
Pedir auxílio a alguém para fazer as operações não é muito aconselhável, porque algumas vezes essas pessoas acabam por trocar os cartões. “Também dá-se o caso em que a pessoa não sabe manusear a máquina e acaba por pedir ajuda a uma pessoa desconhecida, facto que constituí também risco de burla”, sublinhou. Rodrigues Ambrósio falou, igualmente, daqueles casos em que as pessoas são surpreendidas com alguma chamada telefónica com as alegações de que venceram um prémio ou que se trata de uma agência bancária solicitando dados pessoais dos clientes. “Só para alertar os cidadãos que, em momento algum, os bancos solicitam dados pessoais aos clientes por via telefónica. São situações que os cidadãos devem estar muito atentos”.
Configura-se também um caso de burla quando as pessoas são confrontadas com certos produtos embalados e que os infractores tentam convencer as vítimas de que o seu conteúdo é útil, na área da agricultura, da aviação ou no sector petrolífero. “Existe sempre uma terceira pessoa que se intitula de engenheiro para aconselhar as vantagens patrimonial ou remuneratória que a vítima pode adquirir, caso invista na compra do produto. Essa pessoa acaba por pegar tudo o que tem e faz a aplicação. Isto é sempre antecedido por uma informação recolhida pelos infractores a respeito da vítima“, advertiu o oficial do SIC.
Questionado se a Polícia tem meios eficazes para identificar um possível burlador que usa perfil falso nas redes sociais, Rodrigues Ambrósio avançou que o SIC está munido de técnicas, mecanismos e recursos bastante avança- dos para crimes do género. “Só para fazermos aqui um respaldo em relação a essa situação, no passado tivemos situações relacionadas com burlas nas redes sociais, bem como outros tipos de crimes junto das redes sociais e os infractores foram detidos. Essas pessoas são confessas. O SIC tem técnicas e mecanismos, sim, para chegar a esses infractores”, garantiu. O nosso objectivo, realçou Rodrigues Ambrósio, é persuadir o cidadão a dirigir-se aos órgãos de polícia para fazer denúncias sempre que suspeitarem de um caso de burla para as devidas diligências e deter os presumíveis autores da situação.