O Centro, que se encontra paralisado há dois anos, custou mais de 80 milhões de dólares ao Estado e tem capacidade para acolher mais de 200 alunos em regime de internato.
O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, prometeu, no Sábado, que a sua equipa vai envidar os esforços necessários para a reabertura do Centro de Formação Marítima de Angola “Comandante Orlog”, localizado na comuna do Quicombo, município do Sumbe, Cuanza- Sul, que se encontra paralisado há dois anos. O governante prestou esta informação no final da visita à referida escola inaugurada em 2014, constituída por 62 edifícios repartidos em salas de aulas, laboratórios e dormitórios. Construída pela Sonangol e suas associadas do Bloco 16, custou mais de 80 milhões de dólares e está vocacionada para a formação básica e especializada de marinheiros, solicitados por algumas petrolíferas.
No seu portefólio, consta a formação de cadetes de alto mar, nos cursos de marítimos de mestrança e marinhagem, oficiais de certificado restrito e outros cursos O PAÍS Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018 13 intensivos que são exigidos pelas unidades internacionais de navegação marítima. O mesmo respondia às necessidades de quadros nesta área, formando em Angola técnicos especializados que até então tinham que fazer formação em escolas no estrangeiro. Diamantino Azevedo prometeu trabalhar junto da petrolífera angolana na busca de uma solução para rentabilizar o investimento, a fim de atender os jovens angolanos que pretendem formar-se neste ramo.
Por altura da sua inauguração, o centro arrancara com 96 estudantes e previa que poderia albergar mais de 220 e proporcionaria mais de 80 postos de trabalhos directos. Consta ainda que no final da formação profissional, com duração de três anos, os estudantes passam a ostentar o título de bacharel e, de acordo com a sua qualificação, caso decidam dar sequência aos estudos, os formados podem seguir uma carreira académica nas escolas superiores nacionais e estrangeiras.
O Centro ocupa uma área de 72 hectares onde se distribuem edifícios para alojamento de estudantes, administrativos, armazém, oficinas de engenharia naval e mecânica, edifícios para salas de aula, laboratórios, centro de pesquisa, estação de tratamento de água, zona de lazer, portarias e unidades de treino a incêndios. A instituição de ensino, erguida 15 quilómetros a sul da cidade do Sumbe, foi baptizada com o nome “Manuel Augusto Alfredo Orlog”, antigo comandante na luta armada de libertação nacional.
Fábrica em perigo
O ministro visitou também a empresa HM que se dedicada a pesquisa, exploração e processamento de granitos, no Cuanza-Sul, há três anos, e prevê instalar uma fábrica de processamento em Quicombo, à semelhança de Luanda (Km 44) e da Huíla (Chibia). No local, foi informado sobre os constrangimentos que a mesma enfrenta devido à falta de electricidade da rede pública, comunicações e dificuldades em abastecimento logístico.