Apesar de não existir uma regra específica sobre a quantidade de cidadãos que cada agente da ordem deve “assegurar”, segundo uma fonte do Ministério do interior (MiNiNT), o rácio polícia por cidadão ainda está muito abaixo do desejado
Por: Paulo Sérgio
O período da quadra festiva que oficialmente terminou ontem, Dia de Reis (em que as famílias começam a retirar os enfeites de Natal), apesar de ter si
do “assegurado” por 103 mil efectivos do Ministério do Interior, coadjuvados por militares, não foi um dos mais seguros tendo em conta o acréscimo de crimes em relação ao período anterior.
De acordo com dados oficiais a que OPAÍS teve acesso, a quantidade de agentes do MININT espalhados pelo país terá sido insuficiente para garantir segurança e a tranquilidade às 25 milhões, 789 mil e 024 pessoas, segundo o Censo de 2014, que habitam em todo o território nacional.
Em Luanda, considerada como a província com maior índice de criminalidade, a delegação local do Minint contou com mais de 22 mil agentes para os 6 milhões, 945 mil e 386 habitantes.
O que perfez o rácio de um agente para mais de 300 mil habitantes. Na Huíla, a segunda província mais populosa, trabalharam em prevenção, durante o período de 20 de Dezembro de 2017 a 5 de Janeiro de 2018, mais de três mil efectivos para atender os 2 milhões, 497 mil e 422 habitantes. Nesta parcela do território nacional, a distribuição foi de um efectivo deste Ministério para mais de 830 mil cidadãos.
Já na província de Benguela, considerada como a terceira província mais populosa do país, o rácio foi quase semelhante ao da capital do país, de um agente para mais de 300 mil habitantes. Isto pelo facto de terem sido destacados sete mil agentes da Polícia Nacional, sendo 4.500 saídos do Comando Provincial e outros 2.500 dos órgãos executivos, para garantir a segurança aos 2 milhões, 231 mil e 385 habitantes. Na quarta província mais habitadas do país, Huambo, cada efectivo do MININT controlou mais de 370 mil cidadãos. Nesta província, que conta com dois milhões, 019 mil e 555 habitantes, trabalharam no “asseguramento” seis mil membros de distintos órgãos deste Ministério.
No “Ranking” dos crimes registados nos dias festivos, especificamente 24, 25 e 31 de Dezembro (do ano passado) e 1ºde Janeiro (do corrente ano) a província de Luanda permaneceu em primeiro lugar com 118 ocorrências, a Huila e Huambo, em segundo, com 46 casos cada e Benguela, em terceiro, com 44 casos.
(ver edição de OPAÍS nº 984, de 6 de Janeiro do corrente ano).
nas menos populosas Entre as quatro províncias menos populosas, nomeadamente, Bengo, Cuanza Norte, Cuando Cubango e Namibe, a última que mais efectivos teve em exercício de funções, de acordo com dados a que OPAÍS teve acesso. Para garantir o bem-estar dos habitantes do Nami
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