Trinta e um doentes de lepra estão sem tratamento eficaz, desde o mês de Junho do ano de 2022, na província do Uíge, devido à falta de medicamentos nas unidades sanitárias da região.
Em declarações à ANGOP, nessa Segunda-feira, o supervisor provincial do Programa de Combate à Tuberculose e à Lepra, Noé Paulo Mendes, disse que no stock tem apenas 24 lâminas de comprimidos.
Em função disso, Noé Paulo Mendes disse que o estado clínico dos doentes pode agravar, caso não seja resolvido esse problema o mais rápido possível.
Explicou que dos 31 casos da doença na província, seis foram registados no primeiro semestre deste ano, nos municípios do Uíge, Puri, Mucaba e Milunga.
Informou que a negligência médica e a ida tardia às autoridades sanitárias está na base do aumento de casos de lepra na região, sendo os municípios do Uíge, Songo, Quimbele, Mucaba e Quitexe os mais endêmicos.
Em relação ao controlo da doença, o responsável disse que a província do Uíge possui pontos focais em oito municípios, nomeadamente Buengas, Cangola, Milunga, Mucaba, Puri, Quimbele, Songo e Uíge.