O centro infantil Mukembele funciona há sete anos. Recebe crianças com uma taxa mensal de 10 mil kwanzas e tem 20 meninos de famílias vulneráveis, que não têm condições financeiras para pagar as despesas. A instituição alberga 150 crianças, com as idades compreendidas entre 1 e 5 anos.
A única creche estatal do município de Viana conta com quatro salas de aulas, onde cada sala seria composta por vinte alunos mas, por causa da demanda, adaptaram a lotação máxima de trinta ocupantes.
Segundo a directora do centro infantil comunitário Mukembele, Anastácia Agostinho, com o dinheiro da propina procuram se ajeitar e cobrir as necessidades do centro, mas não tem sido o suficiente para cobrir todas as despesas, como a compra de alimentação, pagamento dos colaboradores, água, energia eléctrica, etc.
Dividido em duas partes, a área da creche e do jardim-de-infância, sendo que a primeira área alberga os meninos de 1 aos 2 anos, e no jardim-de-infância, dos 3 aos 5 anos, há imensas dificuldades na compra de alimentação, falta colchões, camas, entre outros bens de primeira necessidade.
“Neste preciso momento, o centro tem vinte e seis funcionárias, das quais 16 efectivas e dez colaboradoras. As efectivas contam com o salário de quarenta mil kwanzas e as colaboradoras auferem o valor de trinta mil kwanzas mensal, só para terem noção”, detalha.
De acordo com a fonte, os produtos alimentares são comprados nos armazéns e os preços dos produtos da cesta básica está muito elevado.
“As coisas estão muito difíceis, vamos nos ajeitando com estes valores que, muitas vezes, não chega. Aquilo que conseguimos é feito, e o que não podemos fica para depois”, desabafou.
É distribuído o pequeno-almoço, o composto varia por papas de fuba de milho e pão com chá; o almoço dispõe de sopa como entrada, e o prato principal que varia; o lanche é da responsabilidade de cada encarregado.
A dirigente, que trabalha no sector há trinta e oito anos, apela para que se preste mais atenção aos centros infantis, pois considera que o município de Viana, por exemplo, pelo elevado número de população deveria ter mais creches estatais para se retirar as crianças das ruas.
“Há muitas crianças vulneráveis, de famílias sem condições, mas que gostariam de inseri-las na creche. Que haja mais instituições do género para que muitas crianças não fiquem na rua”, rematou.