Uma criança de 2 anos de idade, na província do Namibe, município do Tômbwa, foi abusada sexualmente, e, de acordo com a denúncia feita pela linha de atendimento do INAC, presumivelmente o abuso tenha sido praticado pelo próprio pai, de 21 anos, que se encontra detido.
A vítima, que é a sua filha, encontra-se a receber tratamento numa das unidades sanitárias. Esta informação foi prestada pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) que registou, só no período de 26 de Maio a 1 de Junho, 13 casos de abuso sexual contra menores e um total de 368 denúncias de vários tipos de violência contra a criança em todo o país.
No município de Caconda, província da Huila, o INAC registou ainda o caso de outra menina, de 11 anos de idade, que tem sido abusado pelo avô, de 62 anos, que na ocasião aliciou a neta com um pedaço de pão, levando-a ao quarto e consumado o acto.
O abusa- dor que é o próprio avô, já se encontra de detido. Em Luanda, província que o INAC mais regista denúncias de abuso sexual contra menores, foi registado o caso de uma menina de 15 anos de idade, no município de Viana, que tem sido abusada pelo vizinho, de 70 anos, sendo que desta prática condenável resultou uma gravidez, que já vai no oitavo mês.
De acordo com Rosalina Domingos, porta-voz do INAC, este caso já é do conhecimento do Serviço de Investigação Criminal (SIC), mas, o violador de 70 anos ainda está solto. Além de Viana, foram registados também nos municípios de Luanda, Cacuaco, Kilamba – Kiaxi várias denúncias de abuso sexual de menores com agressores conheci- dos das vítimas que são aliciadas com algum objecto.
“Dos casos de abuso sexual de menores, já há agressores detidos e outros se encontram foragidos, sendo que, segundo o INAC, as menores estão sob acompanhamento médico”, disse.
Viana é o município de Luanda que o INAC mais registou denúncias nesse período de sete dias, com realce ao caso de crianças, meninos e meninas, com idades compreendidas entre cinco e 8 anos de idade, que têm sido vistas, há vários meses, no interior de uma igreja a fazerem trabalhos de limpeza.
Segundo os denunciantes, presumivelmente estejam lá em tratamento, mas todos os dias são vis- tas a varrer a igreja e a lavar roupas. De acordo com a informação disponibilizada pelo INAC, o caso já é do domínio das autoridades competentes.
O INAC também recebeu denúncias das províncias do Bié, Cabinda, Huambo, Huíla, Luanda, Namibe e Zaire com relatos de casos de trabalho infantil, de violência física e psicológica, abandono, sendo o de fuga à paternidade e disputa da guarda e o de abuso sexual os mais sonantes.