A auto medicação, com recursos a antibióticos e anti-inflamatórios, pode levar a insuficiência renal crónica, devido à toxicidade medicamentosa, alertou ontem, Terçafeira, em Luanda , o presidente do Colégio de Nefrologia da Ordem dos Médicos de Angola, José Malanda.
Em declarações à ANGOP, no quadro do Dia Mundial do Rim, que se assinala Quinta-feira, disse que existem remédios que são tóxicos para o rim e, se não for bem calculada a dosagem, pode afectar o órgão, A doença é caracterizada pela perda progressiva da capacidade dos rins filtrarem o sangue, o que leva os pacientes à hemodiálise.
De acordo com José Malanda, é grande o número de pessoas que têm o costume de automedicar-se e alguns desses fármacos são adquiridos em mercados informais com má qualidade decorrente da péssima conservação.
Por outro lado, o especialista chamou, igualmente, a atenção para o consumo excessivo de chá natural ou industrializado, lembrando que os chás não substituem o consumo de água.
“Há pessoas que circulam com grandes quantidades de chás para tomar o dia todo e muitos deles são diuréticos que podem secar demasiado o corpo, levando a desidratação “, afirmou.
Asseverou que o rim é um órgão que carece de água suficiente para circular e, em caso de escassez, bloqueia, causando problemas graves no seu funcionamento.
Os rins são fundamentais no funcionamento do corpo. Eles filtram o sangue e auxiliam na eliminação das toxinas no organismo. O país controla mais de 14 Centros de Hemodiálise.
Nesta perspectiva, tem capacidade de realizar mais de 8 mil sessões de hemodiálise por semana, um procedimento que não acontecia nos anos passados, quando os pacientes internados aguardavam por uma vaga nos serviços de diálise.
O Ministério da Saúde tem trabalhado no aspecto da prevenção, que permite chegar ao diagnóstico precoce dos pacientes que padecem da doença renal, cuja resposta cinge-se na construção de vários centros de hemodiálise em todas as províncias.