Quarenta mil alunos da 6ª, 9ª e 12ª classes serão submetidos, no presente ano lectivo (2022/2023), ao Exame Nacional Generalizado do Ministério da Educação (MED), para aferir o cumprimento dos objectivos preconizados, anunciou, esta segundafeira, a titular da pasta, Luísa Grilo
A governante fez este anúncio no final de um encontro com o seu homólogo português, João Costa, que serviu para analisar o grau de cumprimento das decisões da Comissão Bilateral Angola-Portugal no sector da Educação. Sem avançar a data concreta para realização dos exames, Luísa Grilo fez saber que os alunos nas classes de fim de ciclo serão avaliados nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza e Física.
De acordo com Luísa Grilo, por se tratar de um exame de larga escala é necessário instrumentos tecnológicos apropriados que está sendo preparado para uma rápida e boa classificação das provas, sob pena de registar morosidade no processo.
“Um exame de larga escala, não pode ser corrigido por professores de forma manual, deste modo, é fundamental que as provas sejam corrigidas com meios tecnológicos adequados para uma boa classificação”, reforçou.
Para tal, o MED prevê contar com a experiência de especialistas portugueses sobretudo na organização da logística que, de acordo com a ministra, não é tarefa fácil.
Avançou que nos próximos tempos, os inspectores nacional vão interagir e trocar experiência com inspectores portugueses para captar práticas inspectivas em ambos países, para reforçar as competências dos inspectores nacionais e capacitar por formas a responder os desafios do país, tendo em atenção que desempenham um papel preponderante na promoção da qualidade.
Simpósio Luísa Grilo deu a conhecer que será realizado, nos próximos dias, um simpósio onde vão aflorar, para além do Exame Nacional, o Plano Nacional de Leitura, apoiado pela experiência de Portugal.
“O que mais nos interessa nessa cooperação é o Projecto Saber Mais que é um projecto de formação em serviço, em que os professores formadores de formadores vão trabalhar nas escolas do Magistério do Bié e de Luanda”, explicou.
Por sua vez, o ministro da Educação de Portugal, João Costa, mostrou-se satisfeito pelos resultados obtidos, com a introdução de avaliação do sistema de avaliação externa, que é um instrumento para recolha de dados para decisões certeiras.
Quanto ao “Projecto Saber Mais”, centrado na formação de professores, referiu que tem sido uma cooperação com muito sucesso em que aprendizagens na recuperação são sempre recíprocas e no Exame Piloto foi possível em tempo útil garantir a qualidade do processo.