As cidades de Maputo, Matola e vila de Boane, no sul de Moçambique, estão sob fortes restrições no fornecimento de água potável, devido a níveis baixos de armazenamento do líquido na albufeira dos Pequenos Libombos.
POR:Ana Tene, correspondente
em Maputo
Com efeito, o Conselho Técnico de Gestão de Calamidades de Moçambique (CTGC), reunido em sessão na última semana, anunciou a activação do alerta laranja para a bacia hidrográfica do Umbelúzi. As restrições no fornecimento de água nesta região serão agravadas em 20 a 40 por cento, afectando directamente 1 milhão e 300 mil pessoas. Ainda no mesmo encontro, o CTGC decidiu reduzir as descargas na Barragem dos Pequenos Libombos dos actuais 2,15 metros cúbicos por segundo para 1,5, uma decisão que visa alargar o período e assegurar a continuidade do serviço de abastecimento de água.
De acordo com uma fonte da instituição, esta medida é uma forma de permitir a activação de mecanismos financeiros especiais, o acesso rápido a fundos de organizações internacionais e do sector privado para a implementação de medidas de mitigação, bem como assegurar a continuidade do serviço de abastecimento de água. De acordo com uma fonte da instituição, esta medida é uma forma de permitir a activação de mecanismos financeiros especiais, o acesso rápido a fundos de organizações internacionais e do sector privado para a implementação de medidas de mitigação, bem como acções extraordinárias de distribuição e uso de água.
A Barragem dos Pequenos Libombos registou uma progressiva e acentuada redução das reservas de água na sua albufeira, tendo passado de 81 por cento em Outubro de 2014 para cerca de 20 por cento em finais de Dezembro de 2017. Até 2 de Fevereiro último, o volume armazenado na barragem foi de aproximadamente 76.15 milhões de metros cúbicos, correspondente a 19,80 por cento do Nível de Pleno Armazenamento. As restrições no fornecimento de água têm sido recorrentes desde o ano passado. Entretanto, uma conduta que vai reforçar o fornecimento de água, a partir da barragem de Corumana, distrito de Moamba, província de Maputo, ao centro distribuidor da Machava, na Matola, será concluída até Dezembro do ano em curso. A conduta terá cerca de 95 quilómetros de extensão e está orçada em 173 milhões dólares norte-americanos, financiados pelo Banco Mundial.