Trinta e dois anos depois, a Associação dos Professores Angolanos (APA) tem desde ontem, 27, um novo presidente. Trata-se de Manuel Inácio Gonga, em substituição de Rui de Abreu Leite Faria.
POR: Ireneu Mujoco
O novo líder da APA foi indicado pelo presidente cessante, que resignou ao cargo por motivos de saúde. Ele fica à frente desta agremiação profissional até à realização de um congresso extraordinário no próximo ano. Apresentado em conferência de imprensa, nesta Quinta-feira, o novo timoneiro dos professores angolanos, além de dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, já escolheu a sua linha de força.
A primeira será trabalhar com o Executivo saído das eleições gerais de Agosto de 2017, para a melhoria das condições de trabalho dos professores, em termos de infraestruturas e salários. A segunda prioridade compreenderá a reunificação da classe e a defesa de um ensino de qualidade em todo o país, para melhor formação de quadros que possam servir o país com dignidade. A outra grande batalha anunciada por Manuel Inácio Gonga é o combate à corrupção nas escolas.
Segundo o novo responsável da APA, apesar de não haver situações alarmantes, a sua instituição será implacável contra o crime de “colarinho branco”. Alertou que a cruzada contra a corrupção não poupará “o corrupto, o corruptor e outras forças envolvidas”, reconhecendo que este é um grande mal que deve ser combatido. Para se concretizar este combate, pediu aos estudantes, encarregados de educação e à sociedade a denunciar junto das direcções das escolas, quaisquer actos ou tentativas de corrupção.
Reprovações no Namibe Na conversa que manteve com os jornalistas, Manuel Gonga mostrou- se também preocupado com o índice de reprovações ocorridas nas escolas estatais da província do Namibe. Defendeu a realização de um inquérito, para se apurar as razões que estiveram na base deste elevado nível de reprovações, nunca antes visto na história de Angola independente. Finalmente, a Associação dos Professores Angolanos está aberta para cooperar com as suas congéneres em matéria de defesa da classe, segundo o responsável.