O excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool continuam a ser as grandes causas de morte, segundo dados da Brigada Especial de Trânsito a que o OPAÍS teve acesso, em saudação ao Dia Mundial em memória das vítimas da estrada que se assinala hoje
Por: Domingos Bento e Constantino Eduardo
Angola continua a registar, com preocupação, uma elevada taxa de acidentes rodoviários que acabam por ceifar dezenas de vidas e incapacitar outras tantas. As estradas nacionais, que ligam as províncias do interior umas às outras, são as que registam o grosso de casos que “empurram” o país para as piores estatistas do mundo no que às irregularidades cometidas e sinistralidade rodoviária diz respeito. Dados da Brigada Especial de Transito (BET), passados ontem em exclusivo ao OPAIS, pelo seu porta-voz, João Pereira, revelam que, só ao logo dos últimos dez meses deste ano, 95 pesso as morreram nas estradas nacionais em consequência de 620 acidentes rodoviários e 112 atropelamentos. Ainda na sequência destes acidentes, outras 725 pessoas ficaram feridas, com sequelas e traumas graves, muitos deles com a probabilidade de ficarem incapacitados para toda a vida. As ocorrências, segundo aquele inspector-chefe, foram registadas nas Estradas Nacionais (EN) 100 que liga Luanda a Benguela, 230 Cuanza-Norte/Malange, 120 Dondo – Kibala, 225 Luanda-Bengo-Uije e na Via Expresso, agora intitulada Comandante Fidel de Castro. “Esses dados são referentes ao terceiro trimestre do ano. Portanto, se formos a dividi-los por trimestres veremos que, só no I-trimestre, tivemos 203 acidentes, 31 mortos, 239 feridos e 37 atropelamentos. No II- trimestre registamos 231 acidentes,35mortos,247 feridos e 34 atropelamentos, enquanto no III-trimestre os dados ficam em torno dos 186 acidentes,29 mortos, 239feridos e 41 atropelamentos”, explicou. João Pereira, que deu estes números por ocasião do ao Dia Mundial em memória das vítimas da estrada, que se assinala hoje, fez saber que o excesso de velocidade, a condução sob efeito de álcool e a inobservância das normas sobre a travessia de peões estiveram na causa destas ocorrências que enlutaram dezenas de famílias. No conjunto das causas, o porta-voz da BET apontou ainda as condições das vias, muitas delas em estado de degradação, sem iluminação e sinalização, o que torna, muitas vezes, a condução numa maré de dificuldades, facilitando assim a ocorrência de acidentes.
A notícia, por completo, você lê na edição impressa, já nas bancas!