O balanço apresentado, ontem, pela porta-voz do Plano de Reordenamento do Comércio da Província de Luanda, aponta para um total de 72.219 bancadas vazias, distribuídas nos 112 mercados de pelo menos oito municípios desta província, à excepção do Icolo e Bengo
Nádia Neto, porta- voz do Reordenamento do Comércio em Luanda, falava em conferência de imprensa, ontem, no Mercado do São Paulo, por conta do trabalho que está a ser feito nos municípios de Luanda e Cazenga. O Plano de Reordenamento do Comércio está a ser implementado há seis meses, cujo primeiro eixo vi- sou a sensibilização e mobilização de todos os vendedores para que pudessem entrar nos mercados e fazer as suas vendas nos locais autorizados.
Na fase em que se encontra o Plano, o segundo eixo, a abordagem é propriamente a de inspecção dos estabelecimentos de venda à grosso/retalho, de modo a banir a venda na entrada destes recintos; fiscalização permanente nas zonas consideradas de pontos críticos e não permitir a venda nestes lo- cais e, por fim, assegurar a autoridade do Estado para os casos que constituem desacato aos servidores públicos. Nádia reiterou que o GPL não pretende, com este Plano, extinguir a venda ambulante, por ser um tipo de venda permitida nos termos da Lei das Actividades Comerciais. Só nestes dias de trabalho na Cónego Manuel das Neves e Ngola Kiluanje foram cadastradas 2968 vendedores, encaminha- das 988 aos mercados do S. Paulo e da Chapada.
A partir de hoje, 25 de Maio, no município do Cazenga, serão encaminhadas cerca de 2 mil vendedoras ao mercado dos Combustíveis, onde têm cerca de 20 mil bancadas disponíveis. “Vimos apelar a todos os vende- dores que, no prazo de 48 horas, a começar hoje, 24, retirem os seus produtos da via pública e das casas de processo. Informamos também que o número de vagas dispo- níveis para o Mercado do S. Paulo foi totalmente preenchido”, disse. O GPL vai continuar a fazer o cadastramento dos vendedores e direccionar os interessados para os outros mercados existentes na província de Luanda.
O município de Luanda tem um total de 13 mercados, com 1900 lugares; o município de Talatona tem 16 mercados, com 3.837 lugares; o município do Cazenga tem 13 mercados, com 39.479 lugares; o município de Viana tem 23 mercados, com um total de 6.473 vagas; o município da Kissama tem oito mercados, com 386 vagas; o município do Kilamba Kiaxi tem 16 mercados, com 3.397 vagas; o município de Belas tem 22 mercados, com 7.267 vagas e o município de Cacuaco tem 21 mercados, com 9.480 vagas. “A entrada das senhoras nos mercados é gratuita e terão também um período de graça de 90 dias de acomodação. Findo este período passaremos às cobranças das taxas estabelecidas por lei. Neste momento não está a ser feita nenhuma cobrança para o cadastramento e entrega de lugares”, realçou.