Com o foco no projecto de contribuição para o desenvolvimento social e económico das famílias vulneráveis, o centro Irmãs Maria Imaculada, localizado na província de Cabinda, cuida de 147 crianças com HIV-SIDA, mas o maior ganho, segundo a coordenadora, Marta Tembo, é o facto de terem contribuído para que mais de 700 crianças nascessem livres do HIV-SIDA
A proliferação do HIV- SIDA é uma triste realidade no país, e todos esforços e ajudas têm sido pouco no que à testagem e acompanhado dizem respeito, mas ainda assim, quando se trata de crianças, a congregação das Irmãs Maria Imaculada não tem medido esforços. Fundada em 1955, em Cabinda, por Dom Paulino Fernando, o destaque da congregação está nos cuidados e apoios comunitários focados, principalmente, no auxílio às mulheres e crianças desfavorecidas.
Actualmente, o centro controla 147 crianças seropositivas e, segundo a coordenadora, Marta Tembo, graças ao trabalho desenvolvido mais de 700 crianças de mães seropositivas nasceram livres do vírus da HIV-SIDA.
“Já tivemos no nosso centro 720 crianças livres do HIV-SIDA”, manifestou Marta com um semblante expressando alegria, no último fim-de-semana, altura em que a sua instituição arrebatou o primeiro lugar da 1ª edição do ‘Prémio Manuel da Mota – uma vida por Angola’, com a atribuição de 500 milhões de kwanzas.
“O acompanhamento a estas crianças é feito dos 0 zero até aos dois anos de idade, que saem sem o vírus e vão com as suas mães, para o seio familiar. Mas muitas crianças são órfãs e outras rejeitadas pelos pais, e estas também são acolhidas no centro, até atingirem a maior idade. Neste momento, temos mais de 200 crianças residentes”, conta.
O projecto conta com um centro de formação de corte e costura, fabrico de sabão caseiro, centro de acolhimento e testagem do HIV-SIDA e uma escola para crianças da pré até à 6ª classe. A congregação trabalha incansavelmente para baixar o nível de desnutrição nas crianças angolanas, com a produção e distribuição de uma papa nutritiva que chamam de “ndiquila”.