Duzentos e 65 bebés de mães seropositivas nasceram livres do vírus do VIH/Sida em 2023, na província do Cunene, menos 104 em relação ao período anterior de 2022, no âmbito da campanha “Nascer livre para brilhar”.
A informação foi prestada, essa segunda-feira, à ANGOP, pelo ponto focal do Instituto Nacional de Luta contra a Sida (INLS) no Cunene, Cândida Alcina, referindo que, durante o ano, se realizaram 462 partos e 26 crianças nasceram infectadas pela doença.
Lembrou que as crianças nasceram livres da doença, depois das gestantes se terem beneficiado do corte de transmissão vertical do vírus de mãe para filho, no âmbito da campanha “Nascer livre para brilhar”.
Relativamente ao diagnóstico infantil, que é um exame realizado em crianças de mães com VIH positivo a partir das quatro semanas, foram testadas 549 crianças expostas, das quais 22 testaram positivo.
Esclareceu que as crianças, até atingirem 18 meses, são acompanhadas com assistência médica regular para se certificar o estado serológico.
Fez saber ainda que 33 mil e 64 grávidas realizaram as consultas pré-natais, 20 mil e 775 aconselhadas e testadas contra o VIH, das quais 216 testaram positivo e estão inseridas no programa.
A responsável valorizou o programa que está a ajudar as mulheres na região, com a redução da carga viral, quando se submetem ao tratamento do cordão umbilical antes do parto. Cândida Alcina sublinhou que as mães que seguem o tratamento anti-retroviral, se tiverem uma carga viral baixa, são permitidas a amamentar os bebés.
A província do Cunene controla 86 unidades sanitárias que fazem o aconselhamento e testagem voluntária.
A campanha “Nascer livre para brilhar” enquadra-se num programa continental materializado pela Organização das Primeiras-damas de África (OAFLA), fundada em 2002, durante a 29.ª Assembleia Geral da União Africana.
A província actualmente tem uma taxa de incidência e de prevalência do VIH/Sida fixada em 6,6 porcento de novas transmissões, considerada a maior taxa de seroprevalência do país.