Duas mil e 200 famílias vulneráveis que se dedicavam à exploração de inertes em zonas proibidas do município de Moçâmedes vão beneficiar, a partir de Novembro, de terras para a prática da agricultura na zona do rio Bero. A informação foi avançada, ontem, pelo administrador municipal de Moçâmedes, Abel Kapitango, na abertura do fórum da mulher rural promovido pelo gabinete provincial da família e igualdade do género, que decorre sob o lema “Mulher, a chave para o desenvolvimento” durante dois dias. Ao intervir no evento, o administrador disse que o Executivo está a levar a cabo um trabalho de identificação das famílias vulneráveis, ou mais carenciadas, com o objectivo de organizá-las em cooperativas agrícolas, por forma a receberem apoios em sementes, motobombas, fertilizantes, entres outros meios.
Disse ainda que, no âmbito do programa de combate à fome e à pobreza, o Executivo, em parceria com o Gabinete da Acção Social Família e Igualdade do Género, está a levar a cabo um trabalho de identificação das famílias vulneráveis, cuja sobrevivência depende do fabrico de carvão. “Sobre a distribuição de terrenos para a prática da agricultura esta é a primeira fase do projecto que visa facilitar a legalização de parcelas de terras para camponeses que estarão organizados em cooperativas e terão também oportunidades do acesso ao cré- dito bancário”, disse.
Assegurou ainda que o encontro das mulheres rurais proporciona uma troca de experiências, reflexão sobre conteúdos orientadores que contribuem no reforço da posição da mulher, conferindo maiores condições de trabalho, que elas sejam vector na educação dos seus filhos e da própria família. Durante o fórum as mulheres vão abordar temas como a “Importância da agricultura nas comunidades”, Plano de Desenvolvimento Nacional da mulher rural”, “Importância da participação da mulher rural no cooperativismo”, Programa de gestão de recursos florestais, melhoramento da segurança nutricional”, entre outros.