O Governo da Província de Luanda (GPL) lançou, ontem, o primeiro seminário tecnológico de apoio ao Programa de Arborização de Luanda (PAL), a fim de garantir que a materialização do plano que visa plantar um milhão de árvores, em 2027, seja uma realidade.
Ao proceder à abertura da acção formativa, o governador Manuel Homem assegurou que a actividade se insere no compromisso do programa iniciado há mais de dois meses.
Manuel Homem referiu que o projecto conta com o engajamento de todos os quadros da província de Luanda, sendo ainda necessário o engajamento de todos os munícipes da Capital.
Segundo o governante, a intenção do seu pelouro é desmistificar a percepção de este ser mais um programa retórico.
Para tal, evocou a consciencialização dos cidadãos de que as alterações climáticas constituem uma realidade que cobra a cada habitante da terra a responsabilidade de fazer alguma coisa, para tornar o seu habitat com mais ar puro para viver.
A prioridade de uma ampla programação ambiental que não deve ser só feita nas escolas, mas nos bairros da província constou da atenção de Manuel Homem, para quem os habitantes de Luanda são poucos para tornar a cidade mais verde.
“Mas sejamos nós mesmos os exemplos, a plantarmos árvores, a cuidarmos, a controlarmos e supervisionarmos”, encorajou o governador, numa clara intenção de demonstrar que o programa só vai funcionar melhor se todos estiverem engajados.
Manuel Homem, que defendeu a ideia segundo a qual a natureza ajuda, quando o cidadão dá o seu passo, apelou à consciencialização de que as árvores que se vão plantar, hoje, vão constituir uma herança para os filhos de amanhã.
Finalmente, apelou aos seminaristas, que, por via do seminário, identifiquem as possíveis dificuldades que o PAL pode ter e encontrem respectivas propostas de soluções.
Por seu turno, o coordenador provincial do Programa de Arborização de Luanda (PAL), Jorge Augusto, ressaltou sobre a construção de um viveiro provincial, no município de Belas, para dar a entender que o projecto oferece condições favoráveis.
O também vice-governador para a área técnica considerou que o PAL se reveste de algumas obrigações que passam por melhorar a vida dos cidadãos, levando em conta o aumento da qualidade de saúde e das acções ambientais.
Para si, o Programa de arborização de Luanda (PAL) tem de ser uma linguagem permanente sob o olhar dos bairros.
“Temos planificadas quantas árvores o município vai plantar. Há um plano de reposição das árvores que poderão ser danificadas”, frisou o vice-governador, que prepara para os munícipes uma vida de plantação intensa.
O coordenador provincial do PAL rebateu a questão do viveiro central, anunciando que as administrações municipais poderão replicá-lo, nas suas áreas de jurisdição, um exercício que a municipalidade que alberga o viveiro provincial já faz ao nível dos distritos com condições agricultáveis.
Viveiro de Belas prepara-se para distribuição
O administrador-adjunto do município de Belas para a área técnica, Garibaldino Constantino, explicou que se trata de um viveiro cujo objectivo é apoiar a província de Luanda, onde estão a ser plantadas múltiplas espécies de árvore, de modo a apoiar o Programa de Arborização de Luanda (PAL).
Temos várias espécies, numa extensão de aproximadamente nove hectares, onde se destacam as acácias rubras, com perspectiva de aumentar de extensão em função da necessidade que o programa representa.
Está localizado na região entre o Tombo e o Wakongo, na comuna da Barra do Kwanza, tem características apropriadas das árvores que queremos, as condições naturais e técnicas estão todas criadas, porque está a menos de 20 quilómetro do rio e estamos expectantes de que tudo dê certo.
“Neste momento, estamos a avançar o viveiro, mais tarde os técnicos agrónomos farão o seu devido acompanhamento técnico-científico.
Quanto à propalada envolvência dos munícipes, Garibaldino Constantino garantiu que a administração de Belas, no âmbito da réplica do programa lançado a 15 de Dezembro de 2023, já trabalha na sensibilização e mobilização do pessoal para que se sinta parte do programa.
O administrador-adjunto de Belas não deixou de encorajar os moradores a plantarem árvores nos limites de suas residências, contribuindo, deste modo, para a arborização das ruas nos seus bairros.
“O objectivo final é tornar a cidade de Luanda mais saudável, acolhedora e constituir um património natural para os nossos filhos”, rematou.