Vinte e quatro mil famílias vulneráveis residentes no município do Bocoio, província de Benguela, serão cadastradas nos próximos dias, no âmbito da expansão do Programa de Fortalecimento da Protecção Social (KWENDA), soube ontem a ANGOP
Com efeito, o programa foi apresentado aos munícipes e autoridades locais, que também foram informados sobre outras acções realizadas pelo Instituto de Desenvolvimento Local (FAS).
O programa KWENDA tem como característica principal a transferência directa de renda para famílias em situação de vulnerabilidade e pobreza em Angola, num valor de 33 mil kwanzas por trimestre.
Na ocasião, a directora provincial do FAS, Jasmim Ndatimana, adiantou que o lançamento do KWENDA no Bocoio é um marco na expansão do programa em Benguela, que já beneficia três municípios, nomeadamente o Cubal, Caimbambo e Chongoroi.
Segundo a responsável, a acção imediata será o cadastramento das potenciais famílias a serem beneficiadas.
Jasmim Ndatimana deu a conhecer que já decorre o processo de selecção das aldeias-alvo, contando-se com a colaboração de autoridades tradicionais, igrejas e administrações locais, no sentido de seleccionarem os agregados com acentuados níveis de pobreza.
Avançou que, nesta primeira fase, esperam cadastrar 24 mil agregados familiares, número que poderá alterar de acordo com a realidade no terreno.
Segundo Jasmim Ndatimana, desde o início do programa, a nível da província de Benguela, foram cadastradas 118 mil famílias e destas, 107 mil já beneficiaram de assistência.
A directora informou que, até ao momento, foram desembolsados cerca de 27 mil milhões de kwanzas. Já o administrador municipal do Bocoio, Herculano Neto, enalteceu o facto de o programa ter chegado à circunscrição, pois acredita que vai ajudar a melhorar a vida de milhares de famílias carentes.
O responsável augura que o programa beneficie, de facto, aqueles agregados com maiores níveis de vulnerabilidade.
O município do Bocoio tem uma extensão territorial de 5 mil 612 quilómetros quadrados e conta com quatro comunas, nomeadamente a Chila, Monte Belo, Passe e Cubal do Lumbo.
A sua população, maioritariamente camponesa, é estimada em 190 mil habitantes (censo de 2014).