A comuna do luvemba, município do bailundo, província do Huambo, está a beneficiar, actualmente, da 3ª e 4ª fase das transferências sociais monetárias, correspondentes à primeira e a segunda prestação, que estão a ser usadas pela população no combate à fome resultante da estiagem, segundo o administrador comunal, Samuel Sacuvemba
Pela segunda vez, a equipa do FAS – Instituto de Desenvolvimento Local chegou ao município do Bailundo, comuna da Luvemba, com o propósito de realizar o processo das transferências sociais monetárias. A alegria da população, que estava expectante, era visível que fizeram questão de receber esta equipa com cânticos de agradecimento. O administrador comunal do Luvemba, Samuel Sacuvemba, afirmou que o programa Kwenda está a impactar directamente nas famílias, e quando o projecto chegou à sua localidade a comunidade estava a passar uma cri- se de fome, por conta da estiagem que a região registou.
Apesar da situação, a população soube alocar os valores na compra de bens essenciais como alimentos, aquisição de sementes, enxadas, catanas, entre outros meios, para a fonte de subsistência alimentar. Actualmente, é possível ver grande parte das famílias a comercializarem feijão, milho e outros produtos do campo. Entretanto, o Kwenda regressa à comuna do Luvemba e começa por pagar as aldeias que não foram beneficiadas na primeira f se, com cada agregado a receber 132 mil kwanzas. Samuel Sacuvemba assegurou que as famílias vão aplicar os valores correctamente, sobretudo agora que terá início a fase de preparação da campanha agrícola e o arranque do ano lectivo. Trabalham na sensibilização da comu- nidade, de modo a olharem para as prioridades.
Ao nível da comuna, o abastecimento de água é uma das principais prioridades, começando pela sede comunal, assim como o sector da agricultura, pois a comunidade tem a ajuda do pro- grama Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrícola (FADA), que ajudou as cooperativas e associações com créditos e com fertilizantes. “A nossa produção não é apenas para a comuna, município ou província do Huambo, os produtos já estão a chegar além-fronteira, nos Congos, a partir da província de Cabinda”, frisou, Samuel Sacuvemba, tendo acrescentado que, para que a produção agrícola ganhe mais terreno, as estradas que ligam as ombalas à comuna sede, devem ser intervencionadas, nem que seja só terraplanagem.
Por conta da falta de transporte e o mau estado das estradas que ligam as ombalas à sede comunal, a localidade registou muitas perdas de produtos hortícolas, e muitos camponeses desistiram de praticar este tipo de cultivo, sobretudo os que estão distantes da estrada nacional. Por seu turno, a directora provincial do FAS no Huambo, Chimuma de Oliveira explicou que, actualmente, a sua equipa está a proceder aos pagamentos no município do Bailundo, onde foram cadastradas 85 mil e cinco agrgados familiares, em cinco co- munas, nomeadamente Luvemba (mais de 13 mil), Bimba (mais de 8 mil), Hengue (16 mil), Lunge (19 mil) e a comuna sede com mais de 28 mil.
Contudo, por agora decorre o processo das transferências sociais monetárias da 3ª e 4ª recorrências, e os que estavam ausentes na 1ª e 2ª fase estão a receber 132 mil kwanzas. Terminou antes de ontem o pagamento das TSM na comuna da Luvemba, de seguida seguem para as outras quatros comunas do município do Bailundo, onde as famílias vão receber 66 mil kwanzas, referentes a 1ª e 2ª prestação de seis meses. Prevêem terminar os pagamentos até na primeira quinzena deste mês ao nível do município do Bailundo.