Nesta fase, prevê-se beneficiar 12 mil e 75 agregados familiares, dos quais 11 mil e 519 recebem a 4ª e a 5ª prestação (66 mil kwanzas), ao passo que 152 recebem entre duas a cinco prestações, no valor de 132 mil kwanzas e 404 recebem da 1ª e 5ª, que equivale os 165 mil kwanzas (estes por não terem recebido por ausência ou erro de exclusão).
Entre os beneficiários está o ancião André Pumba, que contou que o programa de fortalecimento da protecção social (Kwenda) ajudou a reactivar o funcionamento da sua fazenda. Desmatou o espaço de sete hectares, voltou a semear a mandioca, banana, a laranja e o café, que já deram frutos.
André Pumba tem a sua fazenda desde 1956, registou muitas dificuldades, por longos anos, que o levaram a abandonar o espaço. Hoje, vê alguma esperança com a recepção dos benefícios do Kwenda, pois reactivou a produção.
O que lhe aflige actualmente é a falta de escoamento, pois vê muitos produtos a se estragarem na fazenda, sobretudo as laranjas, porque não tem como escoar. “Grande parte da produção de laranja, banana e outros, está a estragar mesmo no campo, isto porque, não tenho nenhum meio de transporte para levar até, pelo menos, na sede municipal do Songo, onde tem mais consumidores.
A via de acesso quase que não existe, o que dificulta ainda mais a venda aos comerciantes”, sustentou. Ainda assim, André Pumba almeja continuar a cuidar do espaço, com o dinheiro que recebeu da 4ª e 5ª prestação, e vai aumentar o cultivo de banana. Lembra que antigamente, na época da colheita de banana, chegava a retirar o equivalente a duas carrinhas Canter.
Não tem funcionários na fazenda, por não ter condições de pagar salário, pelo que trabalha apenas com a esposa e alguns eventuais. Para ultrapassar os constrangimentos, André Pumba apelou a quem de direito que apoie, com meios, para alavancar a sua produção, como catanas, enxadas, electrobombas, uma mota de 3 rodas, de modo a evitar que a produção estrague no campo.
Noventa e três bairros e aldeias
Por seu turno, um outro beneficiário que saiu da mesa de pagamento muito feliz, abordado pelo OPAÍS, é Pedro Nsoki, que conseguiu concluir a sua residência e fazer o alambamento da sua esposa, com o dinheiro que recebeu nas fases anteriores. Agora, com os valores da 4ª e 5ª prestação que recebeu vai fazer chegar aos filhos que estão a estudar no município sede da província, assim como nos netos, cada membro da família vai ser beneficiado.
Por outro lado está Pedro Afonso que, tal como André Puma, recebeu 66 mil kwanzas. Com o valor que acabou de receber, disse que não poderá aplicar muito no seu negócio porque a sua mãe está internada, sendo assim vai inicialmente custear as despesas dela e, posteriormente, acrescentar na agricultura, uma vez que sem este investimento não terá o que produzir.
De acordo com o director provincial do FAS, Nanizawau Morgan, a sua equipa irá efectuar os pagamentos aos 93 bairros e aldeias mais vulneráveis, que compõem o município do Songo, e tencionam, até ao dia cinco de Junho, concluir o trabalho. Lembrou que a equipa está composta por supervisores, da administração local, agentes de desenvolvimento comunitário e sanitário (ADECOS) e técnicos dos gabinetes provinciais e municipais da acção social, acompanhados de agentes da Polícia Nacional