Mesmo com o Programa de Reordenamento do Comércio (PRC), muitas vendedeiras, nos municípios do Kilamba Kiaxi e Viana, insistem em vender nos locais impróprios. Os dois municípios ainda se debatem com o incumprimento dos vendedores, desacatos, apesar de terem mais de dez mil lugares vagos nos mercados
A administradora municipal do Kilamba Kiaxi, Naulila André, afirmou que a sua equipa está actualmente a ser reajustada, assim como o plano de trabalho, com objectivo de fazer uma nova intervenção na zona do Golf II.
Alguns pontos já estão melhorados, tais como no Kimbangu, Palanca, interior do Golf I, e outros precisam de ser reforçados, tal como a região do Calemba II. Porém, por enquanto, as forças estarão direccionadas para o Golf II, onde já se foi feito contactos com os comerciantes e todos estão em processo de reavaliação de modo a auferir a sua legalidade.
Há também a situação da venda desordenada, que ocorre em passeios e no interior de outras ruas. Para melhorar a situação, será feita uma intervenção nos próximos dias.
De acordo com Naulila André, inicialmente, as equipas no terreno vão fazer a sensibilização, cadastrar os comerciantes, identificar locais próprios para o exercício comercial, tendo em conta que a nível do município do Kilamba Kiaxi ainda há quatro mil e 29 lugares vagos nos mercados edificados, “o que significa que temos lugares para o exercício comercial apropriado e não nas ruas ou nos passeios, como temos vindo a observar”, sustenta.
A administradora referiu que, ao longo dos 18 meses de desenvolvimento do PRC, têm vindo a fazer sensibilização e a indicar os locais próprios para a venda, sendo que, actualmente, pensam em agir de uma forma diferente.
As zonas mais críticas, para além do Golf II e Calemba II, são os Correios, 17 de Setembro, onde a venda desordenada nestes locais acaba por afectar o saneamento, tráfego de pessoas e automóveis.
Naulila André reconheceu que alguns mercados antigos carecem de obras de melhorias e a sua equipa tem estado a fazê-las, assim como a identificar novos espaços. Por esse facto, disse que a falta de condições em alguns mercados antigos não deve servir de argumento para que os comerciantes não se dirijam aos locais apropriados.
“Damos nota de alguns mercados que estavam vazios e conseguimos preencher, e com as vendedeiras no local estamos a efectuar obras de melhorias. O facto aconteceu no mercado da 14 e do antigo Correios”.
Por seu turno, o administrador de Viana, Demétrio de Sepúlveda, contou que, durante os 18 meses de implementação na sua jurisdição, faz um balanço positivo, apesar de alguns pontos registarem recuo.
Actualmente, as acções serão intensificadas, sobretudo nas zonas com maior desafio, nomeadamente o mercado da Mutamba, entrada da Engevia, Viaduto do Zango, estrada Zango-Calumbo, Quilómetro 25, em frente à Cidade da China, Platon, AAA, zona do Baia, entrada do Capalanca, em todas as passagens de nível, paragem do Tio Show, rua da Cometa, entre outros pontos.
Apesar dos desafios que tem pela frente, Demétrio de Sepúlveda afirmou que a sua localidade também registou ganhos durante os 18 meses de implementação do Programa de Reordenamento do Comércio, tendo em conta que mais trabalhadores foram escritos na Segurança Social e mais empresas foram escritas na AGT.
Apelou aos munícipes que melhorem o seu comportamento, de mo- do a melhorarem a imagem do município. Tal como no município do Kilamba Kiaxi, a nível dos mercados públicos ou privados de Viana há espaços livres, num total de sete mil e 835 lugares, o que se regista são dificuldades de acesso. Por outra, os comerciantes optam em vender nas paragens dos táxis.