Um jovem, de 24 anos de idade, no município do Caimbambo, que respondia pelo nome de João Magalhães, decidiu, na tarde de terça-feira, 18, pôr fim à sua vida, depois de a sua esposa manifestar o interesse de romper a relação que vinham mantendo há já alguns anos. O porta-voz da Polícia Nacional, superintendente-chefe Ernesto tchiwale, revelou ao jornal OPAÍS que ele deixou uma carta a justificar a sua acção
Rezam os factos que, em função de um desentendimento com a esposa, depois de a mesma ter manifestado o interesse de romper a relação, este pôs-se pela mata adentro na localidade, onde terá consumado a sua pretensão, pondo fim à sua vida. O jovem, contam as testemunhas, não terá aguentado o choque de ter ouvido a esposa dizer que já não queria mais continuar a relação que vinha mantendo, embora não se tenha avançado quais foram as reais motivações da vítima.
“Realmente aconteceu essa situação ontem por volta das 15/16 horas e foi encontrado um corpo de um jovem“, confirma Maria Kayele, administradora comunal do Wiyangombe, tendo acrescentado que o jovem deixa dois órfãos e que o facto chocou a comunidade de que é dirigente, por ser um caso inédito naquela zona. Contactado por este jornal, o porta-voz do comando provincial da Polícia Nacional, superintendente-chefe Ernesto Chiwale, não descarta a investigação em torno do caso, mas esclarece que, antes de morrer, o jovem escreveu uma carta na qual detalha as razões de estar a pôr fim à sua vida.
Na carta, diz que não aguentava viver sem a sua amada, daí ter decidido tirar a vida. “Ele deixou um escrito a dizer que iria pôr fim à vida porque não aguentava mais”, contou o porta-voz da Polícia Nacional em Benguela. De acordo com os dados obtidos por este jornal, os casos de suicido, motivados por vários factores, tendem a aumentar vertiginosamente em Benguela, estando o gráfico a pender mais para alguns municípios do litoral, no caso Benguela, Catumbela e Lobito.
Segundo o boletim de ocorrên- cias, a que este jornal teve acesso, publicado no princípio deste ano, em 2022, assinado pelo superintendente-chefe Francisco António, na qualidade de chefe departamento do Comando Provincial, foram registados um total de 26 casos de suicídios, sendo 21 do sexo masculino e cinco do feminino, no interior de residências. O município de Benguela encabeça a lista com 12 casos, seguido de Catumbela, Lobito e Cubal com três casos cada um.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela