Uma cidadã de 20 anos de idade foi detida, recentemente, pelo Serviço de Investigação Criminal na Huíla, acusada de ter raptado uma menor de três anos, no bairro Valódia, arredores da cidade do Lubango
A informação foi avançada ontem, na cidade do Lubango, capital da província da Huíla, pelo porta-voz do Serviço de Investigação Criminal, inspector Segunda Quitumba, depois da reconstituição do crime.
De acordo com o porta-voz, o rapto da menor de três anos ocorreu no passado dia 09 de Janeiro, do ano em curso, tendo sido levada para o município de Chicomba, onde permaneceu por 10 dias. A menor tinha sido surpreendida pela suposta raptora quanto se encontrava a brincar com a sua irmã de sete anos e mais uma amiga, de igual idade.
Para praticar a acção, a acusada contou com o apoio de mais uma outra cidadã que se encontra foragida. “Do trabalho aturado de inteligência policial realizado, no dia 19.01.2023, por volta das 14 horas, nesta cidade do Lubango, bairro Mutundo, culminou na localização e detenção da autora, tratando-se de uma cidadã de 20 anos de idade, residente em Chicomba.
A detenção da mesma foi feita mediante colaboração da irmã da acusada que, depois de ver um menor desconhecido no seio da família, denunciou às autoridades”, revelou. Por outro lado, Segundo Quitumba informou ainda que o Ser- viço de Investigação Criminal está a trabalhar no sentido de localizar e proceder a detenção dos outros dois cidadãos que participaram no mesmo crime.
Acusada diz ter sido enganada pela amiga Depois da reconstituição do cri- me, a cidadã de 20 anos de ida- de, detida pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), acusada de rapto, contou à imprensa que terá cometido o crime com o auxílio de uma amiga que se encontra foragida.
Esta amiga terá passado informações que davam conta de que a menor de três anos de idade era sua filha e que se encontrava a viver com o pai, já que estavam se- parados. A acusada explicou que, à data dos factos, a suposta amiga orientou-a que fosse ao encontro da menor, para que a suposta mãe da mesma não fosse vista pelos familiares do marido, já que era muito conhecida na zona.
“No mês de Dezembro, quando vim passar as férias em casa do meu primo, encontrei-me com uma senhora que me chamou para eu acompanhá-la na busca pela sua filha. Fomos e encontramos um grupo de crianças a brincar. Foi aí que ela indicou-me uma das crianças, a mais pequena, e levamos, porque achei que era realmente filha dela”, esclareceu.
Já o pai da menor raptada, Elias de Brito, exigiu que se faça justiça contra as autoras do crime, tendo no momento enaltecido a prontidão do Serviço de Investigação Criminal. “O amor de Deus fez com que a nossa filha voltasse ao convívio familiar. O que nós queremos agora é que as pessoas que fizeram isso paguem. Ainda não estamos bem, precisamos redobrar a vigilância depois do que se passou, por isso exigimos que seja feita a justiça”, defendeu.