Os jornalistas da província da Huíla e não só, bem como amigos de Albino Capitango, choram pelo seu passamento físico ocorrido no princípio da noite do último sábado, 23, na vizinha República da Namíbia, vítima de doença prolongada
Albino Capitango Sacafundi encontrava-se internado numa das unidades hospitalares, na vizinha República da Namíbia, desde a segunda quinzena do mês e ano em curso, onde recuperava de uma doença pulmonar.
A notícia da sua morte foi recebida pelos seus colegas de profissão e amigos, com tristeza e consternação. Morais Silva, delegado da Agência Angolana de Notícias (ANGOP) disse que conheceu Albino Capitango numa das coberturas presidenciais, no município da Matala.
O tempo de convivência, disse Morais da Silva, fez descobrir no jornalista Albino Capitango um jovem com sede em aprender, sem nunca descurar da humildade.
“Conheci-o numa visita do PR José Eduardo dos Santos à Matala, na altura, a Rádio Huíla estava a inaugurar o seu posto fixo. A última vez que estivemos juntos queixou-se um pouco da saúde, mas disse que estava a recuperar.
Acompanhava o seu desempenho, sobretudo no programa “Jindundo” ao sábado, e nos jornais de domingo. Era criativo e versátil.
De uma humildade pouco comum nos nossos dias”, descreveu. Por seu lado, Albano Luís, amigo de longa data do jornalista Albino Capitango, diz que quem conheceu Capitango, era logo contagiado com a energia positiva que ele transmitia.
“Aqueles que tiveram a sorte de cruzar o seu caminho sabem a pessoa magnífica, luminosa, generosa, bem-humorada e amorosa que sempre foi.
Sabem também o quanto o coração dos nossos amigos e família, em particular o meu coração, está ferido pelo seu desaparecimento, que abre um vazio nas nossas vidas.
Estivemos sempre juntos em momentos bons, ligava se houvesse um problema, lembrome que antes do seu surgimento na rádio, tinha um talento inato para imitações que provocavam o riso unânime nas nossas grandes mesas de amigos e familiares, em particular” disse.
Jacob César, jornalista na província de Benguela, correligionário do jornalista Albino Capitango na Igreja Evangélica Congregacional (IECA), descreve o seu companheiro como um verdadeiro irmão.
“Eu sou irmão de igreja e amigo do Albino Capitango. Certamente, já dividimos o mesmo palco nas apresentações de actividades da sociedade média da nossa igreja. Fui professor do seu irmão mais novo.
Enfim, a notícia da sua morte, que me foi transmitida pelo seu irmão, a partir de Luanda, foi um golpe muito duro para mim”, afirmou.
Albino Capitango Sacafundi, nasceu na comuna do Malipi, município de Quipungo, na província da Huíla, é licenciado em ensino de psicologia pelo Instituto Superior de Ciéncias da Educação (ISCED/HUÍLA) e ingressou nos quadros da Rádio Mais/Huíla, depois de uma longa passagem pela Emissora Provincial da Huíla, do grupo Rádio Nacional de Angola.
o Malogrado deixa viúva e três filhas menores. Albino Capitango Sacafundi, nascido aos 26/12/1989, na localidade do Malipi, município de Quipungo, formado em Ensino da Psicologia, pelo ISCED-HUÍLA, começou a carreira profissional na Rádio Huíla, em 2012, no posto fixo da Matala.
Em 2015, depois do processo de selecção, foi apurado e ingressou na Rádio Mais – Huíla. Durante 9 anos, desempenhou a função de jornalista, destacando-se nas áreas de reportagem, redacção e edição de notícias. Deixa esposa e 3 filhas.
SJA na Huíla manifesta consternação pela morte do jornalista
O Secretariado do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, na Huíla, lamentou igualmente a morte do jornalista Albino Capitango. Na nota assinada por Amílcar Silvério, é lamentada a perda do jovem jornalista e curva-se perante a sua memória.
“A morte de Albino Capitango, jornalista da Rádio Mais, constitui um grande golpe, não só para o Grupo Media Nova, onde esteve vinculado até ao dia da sua morte, como a todos os jornalistas da província da Huíla, e do país de uma forma geral, pela forma como desempenhava as suas funções” lêse, na nota.
Na mesma senda, manifestou os sentidos pêsames o secretário provincial da UNITA na Huíla, Augusto Samuel, que descreve Albino Capitango como um jornalista que cumpria com as normas da profissão, sobretudo no tratamento de questões ligadas aos partidos políticos.
“Os meus sentimentos de pesar à família enlutada, à Rádio Mais e à classe jornalística da HUÍLA e não só. Capitango era, na verdade, um grande patriota, era daqueles jornalistas que fazia o seu trabalho com responsabilidade, isenção e imparcialidade. Fazia as suas reportagens com interesse meramente de servir o público. Que a sua alma descanse em paz”, escreveu.
Por: João Katombela, na Huíla