A insuficiência de infra-estruturas escolares e de meios didáctivos estão a comprometer o alcance da qualidade educativa, na província do Moxico, soube, hoje, a ANGOP, no Luena.
A província carece de 62 escolas da tipologia (T14), para acolher mais de 77 mil crianças que ficaram fora do sistema de ensino, no presente ano lectivo 2022/23, conforme um documento do gabinete Provincial da Educação no Moxico, que a ANGOP teve acesso.
Estima-se que este número venha aumentar significativamente, caso não sejam construídas 868 salas de aula em toda província, que conta com uma extensão de 223 mil 23 quilómetros quadrados, e uma população de aproximadamente um milhão de habitantes.
A insuficiência de salas, de acordo com a nota, tem propiciado a sobrelotação das turmas, bem como a realização de estudos de baixo das árvores e em escombros, comprometendo a qualidade de ensino.
A província regista, igualmente, défice de escolas de Magistério e Institutos Politécnicos, para diversificar a oferta formativa, principalmente em cursos técnicos, de acordo com o documento.
Acrescenta que as actuais escolas da província debatem-se, igual modo, com a falta de bibliotecas, laboratórios e quadras desportivas multidisciplinares, dificultando a componente prática, principalmente no I e II ciclo do ensino secundário.
o Documento salienta, ainda, que, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), estão a ser construídas apenas 18 escolas, perfazendo 162 salas que poderão absorver cerca de 14 mil alunos no sistema de ensino.
A par dessa insuficiência, o sector regista fraca presença do processo ensino e aprendizagem nas sedes comunais e em várias localidades com povoação considerável, devido à inexistência de infra-estruturas escolares e de condições de habitabilidade para professores, conclui a nota.
O sector da educação na província do Moxico conta com seis mil e 926 professores do ensino primário e secundário, distribuídos em 241 escolas, das quais 12 privadas.