Os constantes sequestros, assaltos e ameaças de morte por que muitos taxistas passam durante o exercício da sua profissão levou a que o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, apelasse, na Conferência Nacional sobre “O contributo da juventude na segurança pública”, à criação- de uma lei que garanta protecção a estes profissionais
A actividade de táxi tem sido uma peça fun- da menta l no que à circulação de pessoas e bens diz respeito ao nível do território nacional. Os taxistas mostram-se preocupados com a situação de insegurança no seio da classe, pois, muitas vezes, sofrem assaltos, sequestros e outros males fora a questão da segurança nas pa-ragens, com maior foco na população de lotadores.
Segundo o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, a lei anterior encontra-se desajustada da realidade actual, pelo que há a necessidade de os taxistas serem protegidos por uma lei que garanta maior segurança pública no exercício das suas actividades.
A sua recomendação incide- se no surgimento de uma nova lei para a regularização da actividade de táxi para se ajeitar o desajuste, fora da existência de um regulamento dos trans- portes rodoviários. Esta lei, na sua opinião, vai analisar o perfil do taxista, a estatística e o controlo de todos os operadores de táxi.
“Só assim é que poderemos reduzir os excessos cometidos pelos taxistas e também man- ter o controlo, naquelas situações em que os mesmos são vítimas. A mesma lei deverá exigir que os lotadores estejam cadastrados, no sentido de se evitar intrusos nas paragens que se aproveitam para realizar assaltos aos passageiros”, defende. O responsável, que foi convidado a participar na Conferência Nacional sobre “O contributo da juventude na segurança pública, considera necessário que o Governo compreenda que a situação de segurança pública não é apenas trabalho da Polícia, mas que depende do envolvimento de toda sociedade.
“Somos a prioridade para apoios em termos de projectos de prevenção, de segurança pública e de combate à de- linquência”, defende, tendo acrescentado que há indivíduos meliantes que se fazem passar por taxistas e mancham a boa imagem da classe – um aspecto que acredita que a lei pode- rá mudar, com o impedimento de qualquer pessoa fazer táxi, mesmo sem ser taxista.
A ANATA diz que tem feito a sua parte e espera que a lei se ajuste à realidade. Têm um aplicativo de controlo dos taxistas e os lotadores, distribuídos em todos os municípios; os motoristas estão devidamente identificados com o Táxi One e os lotadores usam coletes com barras reflectoras, número e área de serviço.