O inspector-geral da Administração do Estado (IAGE), Sebastião Ngunza, garantiu, ontem, que a sua instituição não medirá esforços e intensificará as acções de fiscalização a todos órgãos enquadrados no seu âmbito para promover e propor medidas sancionatórias de natureza administrativa, disciplinar ou outras que Ilhe competirem “a fim de se expurgar da vi- da pública os gestores corruptos ou de mão comprida”.
Sebastião Ngunza, que falava no acto central comemorativo ao 31º aniversário da IGAE, referiu que a sua instituição irá actuar de forma incisiva para garantir que as políticas públicas sejam executadas e se reflictam na vida das populações, tal como foram concebidas pelo Executivo. Conforme explicou, no domínio dos projectos simplifica, a IGAE continuará a actuar de modo permanente e ininterrupto, através de visitas inspectivas inopinadas ou sem aviso prévio, no sentido de identificar os órgãos e agentes constitutivos de entraves para a sua materialização.
Para o efeito, Sebastião Ngunza assegurou que a instituição que lidera continuará a investir seriamente na formação e capacitação técnica e profissional de todos os funcionários, no incremento dos meios e equipamentos de trabalho e no asseguramento de transporte colectivo de pessoal para o apoio à execução das actividades desenvolvidas pelas áreas. “Sejamos todos promotores das melhores práticas, das melhores atitudes, pois, da mesma forma que nos engajamos para alcançar os objectivos da instituição, devemos igualmente pro- curar garantir os melhores níveis de motivação e equilíbrio psico- emocional do capital humano, sendo este, o único e verdadeiro garante do sucesso de toda e qual- quer instituição”, defendeu.
Pela boa governação
De acordo ainda com Sebastião Ngunza, no exercício das suas atribuições e por via das acções que desencadeia, desde a inspecção, fiscalização, auditoria, controlo, sindicância, supervisão e averiguação, a IGAE promove a boa governação com vista ao aumento da eficácia e eficiência na actividade administrativa do Estado, da boa gestão dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais. Desenvolve ainda, referiu, mecanismos de prevenção da curupção, promoção da transparência, da integridade e da legalidade junto dos órgãos e organismos sujeitos à sua jurisdição.
“O exercício desta tarefa, bastante árdua e auspiciosa, mas honrosa, de controlo interno, em todo o território nacional, junto dos órgãos da administração directa e indirecta do Estado, não tem sido tarefa fácil, desde logo, porque é ainda notória a exiguidade de meios e de recursos humanos, face ao âmbito alarga- do da nossa esfera de actuaço”, apontou.
Ganhos
Sebastião Ngunza fez saber ainda que no decurso da última legislatura operaram-se profundas transformações na organização e funcionamento da IGAE. Dentre as acções destacou o aumento exponencial dos recursos humanos, derivado do processo de transição dos funcionários provenientes dos extintos gabinetes de inspecções sectoriais e locais do Estado.