As autoridades sanitárias da província da Huíla controlam dois casos de conjuntivite hemorragica, nos bairros da Machiqueira e Comercial Urbano, arredores da cidade do Lubango
Os dados foram avança- dos, ontem, na cidade do Lubango, pelo director do Gabinete Provincial da Saúde na Huíla, Paulo Luvangamu, que salientou que o primeiro caso foi importado da vizinha província de Benguela. O responsável da saúde na província da Huíla disse que este primeiro caso foi diagnosticado durante uma campanha de doação de sangue numa das unidades sanitárias da capital huilana.
“Tão logo a nossa equipa de vigilância epidemiológica foi notificada do paciente, este foi contactado e de imediato foi submetido a uma análise. O segundo caso, em que a paciente é uma senhora, foi diagnosticado no Hospital da Machiqueira”, revelou. Por outro lado, Paulo Luvangamo garantiu que os hospitais da província estão todos preparados para atender casos da doença, caso a mesma se propague por por essa região. Ainda assim, alerta a população a redobrar as medidas de prevenção da doença para que não se alastre.
O nosso interlocutor explicou que é necessário que as famílias prestem maior atenção aos sinto- mas da doença para possibilitar a intervenção atempada dos serviços médicos. “A conjuntivite hemorrágica viral é uma doença de alta contaminação, os seus sintomas principais são a vermelhidão dos olhos, comichão e fotofobia, ou seja, insensibilidade a locais iluminados da parte dos pacientes”, frisou.
Recomendou, de seguida, que “tão logo alguém da família apre- sente estes sintomas, deve-se de imediato comunicar às autoridades sanitárias”. Paulo Luvangamo garantiu ainda que todas as unidades sanitárias da província da Huíla, estão preparadas quer em termos de medicamentos quer em meios técnicos e humanos. Sem adiantar números, o responsável informou que o Gabinete Provincial da Saúde na Huíla, está também preocupado com o aumento especial dos casos de malária que têm vindo a se agravar com a negligência de muitas famílias, em relação ao uso dos mosquiteiros distribuídos recentemente. “Nós, no âmbito do Programa de Combate à Malária, procede- mos à distribuição de redes mosquiteiras impregnadas às famílias e, infelizmente, muitas de- las preferem usá-la para a pesca e para a agricultura”, denunciou.