O hospital sanatória de Cuanza Norte, a 11 quilómetros da cidade de Ndalatando, carece de uma ambulância para o transporte e melhorar a assistência aos pacientes, constatou a ANGOP
Além de pacientes, a ambulância serve também para o transporte de cadáveres porque a morgue da unidade sanitária encontra-se em construção.
A ambulância do hospital encontra-se avariada há mais de um ano, por falta de recursos financeiros.
Para satisfazer às necessidades de transporte, a instituição tem contado com o apoio de outras instituições, como os hospitais Municipal de Cazengo, Provincial e Materno e Infantil, assim como o Serviços de Protecção Civil e Bombeiros.
Além da falta destes equipamentos, a unidade enfrenta dificuldades para alimentação dos pacientes, pelo facto de não ser ainda uma unidade orçamentada e a maioria dos utentes saírem dos municípios do interior da província.
Sobre a orçamentação do hospital, a ministra Silva Lutucuta esclareceu que a unidade carece de Estatuto Orgânico, acrescentando que os ministérios da Saúde, Administração do Território e das Finanças iniciaram um trabalho no sentido de se remeter e publicar o documento de todas as unidades sanitárias não orçamentadas até final de Maio.
A ministra da Saúde prestou esta informação, na segunda quinzena de Maio, durante uma visita de constatação às obras do Hospital Geral do Cuanza Norte.
De acordo com informações do Sanatório Provincial, nos últimos meses, a província registou altas taxas de infecção de Tuberculose associada ao VIH-Sida, em pacientes internados na instituição, assim como o abandono terapêutico por descriminação e falta de apoio familiar.
De Janeiro a Março deste ano, a instituição diagnosticou 170 novos casos de infecções de tuberculose pulmonar, óssea, intestinal e ganglionar.
Em 2022 a instituição, que conta com quatro médicos e 72 técnicos de diagnóstico e enfermagem, assistiu 675 pacientes com essa enfermidade.
O Hospital Sanatório do Cuanza Norte entrou em funcionamento em Abril de 2015.
Tem capacidade para internar 40 pacientes.
A infra-estrutura, inicialmente projectada para albergar serviços de infecto-contagioso, dada a proximidade de comunidades desprovidas de serviços de assistência sanitária, presta também cuidados primários de saúde.