O Hospital Central do Lubango, na província da Huíla, vai nos próximos dias dispor de uma sala de cuidados intermédios para atender, com mais atenção, os doentes com Acidentes Vascular Cerebral (AVC), na região sul do país
A informação foi avançada pela directora geral do Hospital Central do Lubango Dr. António Agostinho Neto, Lina Antunes, à margem da visita que a Vice- presidente da República, Esperança da Costa, efectuou na província da Huíla. Lina Antunes disse que a unidade sanitária que dirige não possui um local para o tratamento efectivo de doentes com AVC que constitui uma das maiores causas de morte na província da Huíla, de modo particular, e no país, em geral.
A responsável revelou ainda que, apar desta sala vai ser igualmente construída uma outra para atender casos de traumatismo craniano, resultante dos acidentes rodoviários na província com vista a se evitar mortes das vítimas destes sinistros. “Vamos receber, dentro de dois meses, uma sala de cuidados intermédios para atender os doentes com acidente vascular cerebral, que é a principal causa de morte na nossa unidade, bem como uma sala especial com cuidados intermédios para tratar de pacientes com traumatismo craniano-cefálico, porque é também uma grande preocupação, por causa dos acidentes de viação, com destaques para as motorizadas”, disse.
Por outro lado, a directora garantiu que as obras de construção das duas salas decorrem a bom ritmo, estando-se apenas a aguardar pelos equipamentos para o seu apetrechamento. “Estamos a terminar o plano de obras, o que está a faltar é apenas receber algum equipamento que vem importado para que a sala comece a funcionar de facto. Acreditamos que, no segundo semestre deste ano, estaremos a abrir as duas salas que cuidados intermédios”, as- segurou. Uma das preocupações do Hospital Central do Lubango, segundo a sua directora geral, prende-se com a falta de um centro oncológico, para atender doentes com câncer de forma a minimizar o seu problema.
Lina Antunes disse que a diminuição de 600 milhões de Kwanzas no orçamento, tem vindo a criar vários constrangimentos no pleno funcionamento do Hospital Central do Lubango, para atender os cidadãos das três províncias que compõem a região sul do país, nomeadamente Cunene, Namibe e Huíla. “O ano passado tivemos uma restrição muito grande, principalmente na categoria de bens e serviços, que é a categoria que paga realmente as manutenções dos equipamentos, paga a conta dos medicamentos e consumíveis e realmente esta diminuição de 600 milhões influenciou bastante.
Estamos a pagar dívidas do ano passado, isto significa dizer que há défice no orçamento”, lamenta. Muitos dos projectos que o hospital tinha para este ano e não será possível fazer porque o orçamento não permite. Têm de dar resposta a 878 doentes que foram diagnosticados com câncer no ano passado, e esperam um suporte médico para minimizar a sua situação.