A secção dos serviços de hemodialise do Hospital Geral do Moxico (HGM), inoperante desde a reinauguração em 2015, entra em funcionamento a curto prazo, anunciou Sábado, no Luena, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
No Moxico para avaliar o sector, a governante afirmou à imprensa que os serviços são “muito importantes” para a saúde da população, sobretudo os insuficientes renais, numa altura em que o Governo angolano presta um tratamento especial a estes doentes.
A ministra avançou que, a curto prazo, vão ser enviados ao Moxico um médico e dois enfermeiros “com competência nefrológica” para manusear o equipamento que dá vida aos doentes com insuficiência renal e , a seu ver são da “melhor tecnologia”.
Os referidos profissionais em nefrologia poderão treinar pessoal do HGM para multiplicar os quadros na área e sustentar o funcionamento do sector, pois a sua inoperância leva os doentes a Benguela, Luanda e outros nem têm tratamento, reconheceu Sílvia Lutucuta.
Ainda no capítulo dos recursos humanos, prometeu reforçar os hospitais locais de referência (HGM, Maternidade e Hospital Municipal), no quadro do futuro concurso público. “Nós (Ministério da Saúde) temos na província alguns dos melhores hospitais a nível do país, em termos de equipamento, mas estamos com um grande desafio que são os recursos humanos com as competências necessárias para manusear a maior parte do equipamento que está disponível”, reconheceu.
A ministra admitiu que, apesar de ser equipamento de “boa qualidade que não fica a dever a qualquer unidade de referência internacional”, nesta altura, não estão a ser úteis para prestar o serviço de qualidade para o qual foram comprados. Assegurou estar a trabalharse na estratégia de se ter quadros a nível local, em que algumas das situações vão ser resolvidas com concurso público, a certo nível, mas quer que se trabalhe nos programas de formação e de quadros especializados.
HGM transformado em Escola Para se formar a curto prazo quadros de qualidade e especializados e aproveitar-se melhor os equipamentos instalados na maior unidade sanitária do Moxico, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, prometeu transformar HGM em Hospital-Escola.
“Vamos remanejar alguns dos quadros que temos nas nossas cooperações e programas modulares de formação em pediatria, ginecologia e obstetrícia. Estamos a trabalhar com unidades de referência em Luanda que vão dar este apoio nas formações modulares”, prometeu.
Silvía Lutucuta, que visitou igualmente as unidades sanitárias do município de Camanongue, 52 quilómetros a Norte do Luena, com realce para as obras do hospital regional de referência, de 120 camas, disse que o arranque da obra depende da aquisição de novo financiamento, uma vez que, nestas condições, encontram-se muitos hospitais no país.