O programa de apoio alimentar desta empresa de construção civil, que está a reabilitar o troço Catete-Maria Teresa, na Estrada Nacional Número 230 (EN-230), que liga as províncias de Luanda a do Kwanza-Norte e de Malanje, enquadra-se no âmbito da sua responsabilidade social, segundo fizeram constar alguns responsáveis
de acordo com a directora adjunta de contabilidade e finanças da Carmon, Ngueve Correia, a construtora já determinou a comunidade de Cassoneca, na comuna de Calomboloca, município de Icolo e Bengo, como a primeira a beneficiária das refeições que a construtora vai servir, diariamente, a partir do seu estaleiro.
“Trata-se de cerca de 350 refeições, entre pequeno-almoço e almoço, que se preveem ser- vir, principalmente para idosos e crianças, a partir de uma cozinha comunitária, que estará instalada no estaleiro da empresa, localizado o Quilómetro 24, no troço Catete-Maria Teresa, junto à administração comunal de Cassoneca”, disse a assessora.
Segundo apurou O PAÍS da entrevistada, o pequeno-almoço não passará muito de pratos de sopa, sendo que o almoço poderá apre- sentar variedades diárias. Ngueve Correia assegurou que a direcção da Carmon já contactou alguns responsáveis da administração local para informar sobre o referido plano de apoio alimentar, de modo que, quando o programa for efectivado, se acautelem possíveis constrangimentos.
Enquanto para a construtora se reserva a responsabilidade de garantir as refeições diárias a idosos e crianças da localidade de Cassoneca, para os dirigentes locais caberá a tarefa de alistar e organizar o público-alvo para que não ocorra situações que possam comprometer o processo. Entretanto, tratando-se de atribuição de refeições, numa zona de Luanda, em que a carência toma conta de muitas famílias, a em- presa benfeitora já está prepara- da para atender pessoas não tipificadas como benfeitoras, uma vez que certas crianças poderão aparecer com as mães ou com outros encarregados, inicialmente, não contemplados.
O mesmo se prevê acontecer com os idosos, que, normalmente, são acompanhados por crianças, mas que, pela natureza da doação alimentar, se adivinha comparecerem com outros adultos. Apesar dessas e outras situações possíveis, a porta-voz da Carmon não fala em aumento da oferta. O que pode acontecer, nessas circunstâncias, é a partilha das refeições entre membros de uma mesma família.
Outra saída que as mulheres costumam encontrar é a solicitação de trabalhos pontuais, como lavagem de louça e de outros utensílios, ajuda na arrumação ou aparo da cozinha ou mesmo servir refeicções. A compra dirigida de produtos agrícolas cultivados e vendidos em Cassoneca, que podem servir para a confecção das refeições diárias, na cozinha da Carmon, constituirá outro ganho para as populações locais, que poderão ver a preocupação da clientela temporariamente resolvida.
Alfabetização pode seguir
Importa referir que o projecto de apoio alimentar em causa se enquadra no âmbito da responsabilidade social da Carmon, que, a favor das comunidades próximas dos perímetros de estrada que constrói ou reabilita, também tem implementado aulas de alfabetização de jovens e adultos, propondo-se, deste modo, a contribuir para a redução do índice de analfabetismo nessas zonas.
Para esse programa de ensino e aprendizagem, a empresa conta com a parceria do Ministério da Educação, que, normalmente, lhes garante a capacitação do quadro docente, além de disponibilizar os manuais adequados a este sub-sistema de ensino.