Dois jovens que tinham sido condenados pelo Tribunal de Comarca do Lubango, no mediático caso da Miss Huíla, à pena de 13 anos de prisão efectiva, foram postos em liberdade na semana passada. O tribunal reabriu o caso e a ex-Miss responde hoje em juízo
António Francisco Fernandes e Gerson Guerreiro Ramos foram condenados, em Novembro do ano passado, por terem cometido, entre outros, o crime de rapto, homicídio na forma tentada, associação criminosa, uso e porte ilegal de armas e ofensas corporais graves.
O advogado de defesa dos dois jovens, José Carmona, disse que a interposição do recurso que resultou na aplicação do “habeas corpus”, decorre do excesso de prisão preventiva em que se encontravam os seus constituintes e da demora da resposta do Tribunal da Relação.
A liberdade dos seus clientes constitui uma vitória, para aquele advogado, tendo em conta os objectivos traçados. Ainda assim, espera por um desfecho favorável aos seus constituintes.
O réu António Francisco Fernandes, mais conhecido por Tony, já tinha sido condenado numa pena de dois anos por um Tribunal de Luanda, pela prática dos mesmos crimes, ao passo que Gerson Guerreiro Ramos é réu primário.
O jovem, foragido de Luanda, mantinha uma relação amorosa com Beatriz Cardoso Alves, Miss Huíla 2018.
Segundo ele, no dia da sua detenção em 2021, terá sido ela a mandante do crime de rapto contra Cristiano do Porto, seu actual namorado.
Miss Huíla começa a ser julgada hoje As declarações de António Francisco Fernandes em Tribunal fizeram com que o Ministério Público pedisse a abertura de um processo-crime contra Beatriz Cardoso Alves.
Por esta razão, a Miss Huíla vai hoje sentar-se no banco de réus do Tribunal de Comarca do Lubango, para responder pelo crime de autoria moral do rapto, em que foi vítima o cidadão Cristiano do Porto.
Segundo a Procuradoria-Geral da República existem fortes indícios de que Beatriz Cardoso Alves terá cometido o crime de que vem acusada.
No julgamento, que começa hoje, António Francisco Fernandes e Gerson Guerreiro Ramo aparecem como declarantes.
Por: João Katombela, na Huila