Considerada como especial pelo facto de, doravante, constituir um Órgão Colegial da Presidência da República, a 5ª Edição do Fórum dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA) visa a concretizar a reforma do Estado, por via da reformulação do plano de governação, face às necessidades locais
Por: Alberto Bambi
Alguns representantes de administrações municipais que participaram no certame cujo lema é “A vida faz-se nos municípios », manifestaram as suas preocupações face à falta de recursos técnicos e financeiros para dar cobro a situações por si classificadas de natureza pontual. “Estamos todos preocupados com a diversificação da economia que passa também pela produção agrícola, mas há zonas com essas potencialidades que não têm acesso, como é o caso de áreas do município do Quela, na província de Malange, relatou Pedro Zenla, administrador daquela municipalidade de Angola.
O outro problema que o inquieta refere-se com o orçamento aprovado para os municípios que em seu entender dificilmente chegam à mesa das administrações locais.
”Os orçamentos são aprovados, mas é cabimentado apenas um quarto do valor”, revelou o administrador do Quela, tendose interrogado, “assim, como é que o governo local pode resolver algumas situações?”. Por sua vez, Celeste Adolfo, que encabeçava a delegação do município do Andulo, província do Bié, começou por solicitar a revisão dos planos de governação nacionais, por serem os que menos avançam, comparados com as planificações locais, conforme apontou a administradora.
“Havia um projecto de aquisição de meios para terraplanagens e, até hoje, nem sequer uma basculante temos para intervir nos trabalhos de recuperação das vias e ruas ou bairros. E face à incapacidade da administração, nós, os administradores somos classificados como incompetentes”, lamentou Celeste Adolfo, chamando atenção dos seus superiores hierárquicos para fazerem jus ao lema do Executivo, «Pensar global e agir local».
A requerida disponibilização de recursos financeiros e respectiva gestão, por parte das autoridades dos municípios, foi repetidas vezes reinvindicada por outros intervenientes, que ora falavam da necessidade de se potenciar os serviços de educação, saúde, vias e meios de comunicação, ora se cingiam aos problemas da falta de energia eléctrica e água potável, bem como da urgência de efectivar certas acções sociais não menos importantes.
Soluções à vista Em resposta às inquietações levantadas pelos administradores, o Secretário do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Carlos Alberto Lopes, sugeriu.