Questionado por este jornal, à margem da cerimónia de tomada de posse de novos membros do Governo, sobre as razões do vácuo deixado no Lobito, o governante explicou que tal se deveu, fundamentalmente, a alguns constrangimentos que deviam ter sido acautelados antes de ele avançar com a nomeação do novo homem forte da cidade dos flamingos.
“Vamos ver para semana. Eu já sei quem é, espera para semana. Havia alguns constrangimentos que nós devíamos assegurar antes de nomear”, frisou o governante.
Luís Nunes desvalorizou o alarido criado – até no seio do MPLA – com a nomeação de Armando Vieira para o município de Benguela.
Alguns membros da Comissão Executiva do Comité Provincial do MPLA alegam que aquele órgão não foi consultado para tal.
Entretanto, Luís Nunes, que também é primeiro secretário do comité provincial, deixa claro que o governador dispõe de plenos poderes para nomear quem quiser. A única coisa que ele faz – sustenta o governante – foi dar a conhecer ao secretariado.
“E fez isso antes de o nomear. Quem escolhe a equipa é o governador. É, não é”, atirou, face ao questionamento da imprensa.
Este jornal soube de fonte segura que o politólogo Carlos Pacatolo rejeitou uma proposta apresentada por Luís Nunes para, na qualidade de nato, dirigir os destinos daquela que é tida como a “sala de visitas de Angola”.
Governador reitera “tolerância zero” para má-gestão a novos gestores
O governador provincial de Benguela, Luís Nunes, voltou a colocar o acento tónico na questão relativa à tolerância zero, tendo advertido que quem não está preparado não tem espaço na sua equipa governativa.
O governante, que discursava na cerimónia de tomada de posse de novos gestores, com destaque para o administrador de Benguela, Armando Vieira, diz ter um sonho para a província de que é responsável máximo e, por isso, apelou ao rigor, disciplina e transparência a quem o auxilia à frente dos destinos da província. “Eu tenho um sonho para Benguela”, disse.
O titular de Benguela diz ser sua pretensão conferir à população de Benguela melhores condições de vida, daí ter manifestado o desejo de que cada gestor, investido na tarde de quinta-feira, interprete as necessidades das pessoas que, doravante, vão dirigir.
Luís Nunes sustenta que a aposta nos novos gestores simboliza a renovação do seu compromisso para com a transparência, tendo o povo no foco de tudo.
Frisou que a administração pública deve ser um reflexo de integridade, dedicação e competência, numa assertiva conexão com as necessidades e aspirações dos cidadãos.
“Infelizmente, nem sempre temos visto esses valores a serem plenamente representados, sendo, para tal, imperativo adoptarmos uma postura de tolerância zero para má-gestão e qualquer falta de compromisso, enquanto servidores públicos”, salientando que a missão é a de proporcionar resultados “tangíveis que melhorem a qualidade de vida das nossas queridas populações”.
O governador de Benguela conferiu posse a três administradores municipais (Benguela, Baía-Farta e Caimbambo) e o mesmo número de directores de gabinete provinciais, designadamente para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria; Cultural, Juventude, Desportos e Turismo e Agricultura e Pescas, nomeados por despachos datados de 12 e 19 de Junho.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela