No âmbito do programa “Governar Juntos”, do Governo da Província de Luanda (GPL), o mais alto mandatário deste ciclo provincial exortou a colaboração dos munícipes do Kilamba Kiaxi para resolver o problema da delinquência
O governador de Luanda, Manuel Homem, disse ontem, no bairro Rasta, município do Kilamba Kiaxi, que a sua equipa de trabalho elegeu contar com a cooperação dos moradores dessa zona para acabar com a criminalidade. “Apesar do investimento e do reforço, no capítulo da segurança pública, os delinquentes são nossos filhos, primos, sobrinhos e vizinhos. Por isso, queremos contar com a colaboração da comunidade.
Então, devemo-nos unir todos como uma família, conversar e arranjar espaço de manobra para colocar os jovens envolvidos no mundo do crime nos trabalhos comunitários”, declarou o governante. Segundo disse, é esse o sentimento que cada governante deve ter manifesto com a preocupação de estar perto dos cidadãos e resolver, efectivamente, os problemas da população, com a própria população.
Manuel Homem, para quem o governador não pode ter olhos para tudo, referiu que o programa “Governar Juntos” surge exactamente para resgatar a confiança do munícipe na participação da identificação dos problemas e selecção de soluções ou de alternativas. O dirigente recordou que a sua estada no município do Kilamba Kiaxi, mais concretamente no bairro Rasta, não era novidade, porque, ao longo do seu mandato, foi visitando essa municipalidade de Luanda, realizando alguns encontros com diversos grupos da sociedade civil locais, pois que cada vez que visitou o subúrbio saiu daí com algumas recomendações.
Por causa disso, o governador não vê dificuldade na vontade de a comunidade do Rasta se envolver na participação dos problemas e identificação das soluções. Voltando a tocar na questão da delinquência, Manuel Homem falou sobre uma preocupação manifestada pelos moradores do bairro Rasta, por conta da qual apelava para a sensibilidade na forma como trabalhava a Polícia.
Os munícipes pediram, na altura, que o governador ajudasse a melhorar as condições de trabalho dos agentes da ordem pública, de modo que esses passassem a actuar melhor. “Colocámos uma esquadra policial, de facto. E, hoje, pode dizer- se que cumprimos e vamos colocá-la à disposição da comunidade. Temos consciência de que se precisa de outras e nós vamos trabalhar para que haja”, garantiu.
Água em três meses
O governador Manuel Homem destacou, igualmente, o pedido para solucionar a falta de água, um problema que, segundo ele, apa- rentava ser do bairro Rasta, mas que, afinal, era extensivo a outras zonas do município. “Desde logo, iniciámos um programa para encontrar soluções concretas, de modo que a água pudesse ser distribuída por todos os bairros.
Abordámos as instâncias que têm responsabilidades na matéria, programámos, ao nível do GPL, porque entendíamos que não fazia sentido que o bairro Rasta, a cinco quilómetros do centro da cidade de Luanda, não tinha água potável canalizada”, explicou, realçando que para si e a sua equipa ficava muito difícil compreender isso. Por causa disso, avaliou que o seu regresso ao referido bairro só valia a pena se fosse para levar soluções concretas dos problemas que os munícipes lhe haviam exposto.
“E como não podíamos resolver tudo, porque as condições financeiras não nos permitiam muito, achámos por bem dar resposta a problemas concretos levantados no bairro Rasta, onde colocámos um centro materno-infantil e projectámos a colocação de pontos de acesso de água potável, antes de o líquido vital jorrar a partir de torneiras domiciliares”, ex- plicou.
Ainda sobre a efectivação do projecto de água, no bairro Rasta, informou que a alternativa apresentada requereu um trabalho conjunto com o Ministério da Energia e Águas, que ajudou a pro- gramar visitas de técnicos da Em- presa Provincial de Água de Luanda (EPAL), para efectuar todos os levantamentos possíveis, para alargar a rede de acesso à água domiciliar. “Actualmente estamos a trabalhar neste sentido.
O bairro Rasta precisa, para o reforço da capa- cidade de água, de um centro de captação melhor e essa responsabilidade foi assumida pelo Ministério, que, nesse momento, está a ver a possibilidade do centro de captação do Golfe, de modo a ter mais capacidade, bombas novas e, com isso, termos uma maior capacidade”, detalhou o governador. Considerando que o tempo para efectivação da solução final ainda é muito longo, propôs o desafio de pontos de acesso de água, nos sectores 19, 20 e 21.
“Deixei de propósito o sector 22, que só pode beneficiar do precioso líquido da urbanização do Nova Vida ou da Maianga. Mas os nossos técnicos já solucionaram abrir a estrada da Avenida 21 de Janeiro e da Pedro de Castro Van-Dúnen Loy, para, em três meses, ter os pontos de acesso a jorrarem água captada do Nova Vida”, revelou.
Não faltam contentores de lixo
Relativamente ao problema do lixo, Manuel Homem deixou patente que não pode admitir que, pelo volume do investimento feito na Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (ELISAL), esteja a ouvir que, na zona visitada, haja a vala do Catinton com tanto lixo. “Porque a empresa tem meios técnicos e outras competências e é nossa responsabilidade resolver, mas peço que a população nos ajude a mantê-las com menos lixo, porque os moradores é que colocam esses resíduos na vala”. Finalmente, garantiu que não pode haver desculpas de falta de contentor, porque ele mesmo entregou mais 500 contentores à ELISAL.