O garimpo de diamantes continua a atrair imigrantes ilegais da República Democrática do Congo (RDC) à província da LundaNorte, o que obriga os órgãos de defesa e segurança a desencadearem acções de fiscalização redobrada para combater o fenómeno, segundo o porta-voz do Comando Provincial da Polícia
O oficial superior da Polícia prestou esta informação quando apresentava, ontem, os dados preliminares da “operação Limpeza”, que está a ser levada a cabo pelas forças de defesa e segurança, nesta parcela do território nacional.
De acordo com a fonte, muitos cidadãos da RDC tentam a todo custo violar a fronteira para entrar ilegalmente em Angola e desenvolverem o garimpo de diamantes, “às vezes com o auxílio de angolanos”.
Explicou que, durante a operação, que visa o combate cerrado dos focos de garimpo do mineral estratégico, foram apreendidas 37 pedras de diamante, seis viaturas, cinco dragas, uma minilavaria, 39 motobombas, 279 redes de lavagem de cascalho, mineral, 13 ciclomotores e 25 mangueiras.
Para além dos meios, disse, foram igualmente apreendidos dois mil e 600 dólares norte-americanos, 470 mil kwanzas, além de três mil e 150 litros de combustível, que estavam em posse dos cidadãos envolvidos na prática de garimpo.
Destacou, segundo a Angop, ainda a detenção de 506 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC), por suposta exploração ilegal de diamantes, frisando que, devido à permanência irregular no território nacional, os mesmos foram imediatamente repatriados para eu país de origem.
Acrescentou que os meios detidos foram entregues à Administração Geral Tributária (AGT) e os diamantes encaminhados à Comissão de Arrolamento da “Operação Transparência”, como fiéis depositários.
A “operação Limpeza” decorre desde o início do mês em curso, em Cambulo, e visa o desmantelamento de vários grupos de garimpeiros. A província da Lunda-Norte partilha uma fronteira de 770 quilómetros com a RDC, sendo 650 terrestres e 120 fluvial.