A província de Cabinda está a transformar-se, cada vez mais, adaptando-se ao mundo tecnológico, após a inauguração, em Fevereiro deste ano, do Sistema do Cabo Submarino Norte da operadora Unitel.
A chegada do cabo submarino e a sua interligação à malha nacional de cabo de fibra óptica é mais um sinal de que o país está a caminhar para a transformação do território numa plataforma da região.
Os utentes, em especial, a juventude e empresas, fazem desta ferramenta a sua mais alta plataforma de trabalho.
Hoje, centenas de utentes ao nível do município sede de Cabinda beneficiam da rede digital, através da fibra óptica, com múltiplas facilidades.
Os moradores da Urbanização 4 de Abril, por exemplo, já contam com o sinal do Sistema do Cabo Submarino Norte da Unitel, um projecto ambicioso que veio impulsionar as telecomunicações na região.
Ao longo dos 21 anos de paz, Cabinda registou, também, a conclusão do Pontão Flutuante, dando início a atracagem segura do Ferryboat, uma vez que estão concluídas as estruturas de betão do Quebra-mar e a rampa, desde Junho do ano passado.
O Ferry-Boat vai facilitar a vida das populações de Cabinda para se deslocarem, com os seus meios (viaturas), para outros pontos do país.
Desta forma, a província de Cabinda vai, pela primeira vez desde a independência nacional, mitigar as dificuldades de transportação de carga contentorizada e viaturas para o resto do país, a olhar pela descontinuidade geográfica existente.
Para além da circulação aérea e dos Catamarãs, no transporte de passageiros e cargas normais, o Ferry-boat permite que cada cidadão desta província possa levar a sua viatura, passando pelos terminais portuários de Soyo/Zaire e Luanda e percorrer o resto do país, sem sobressaltos.
A construção do Cais Quebramar marcou uma nova era para o Porto de Cabinda, ficando ultrapassadas às questões ligadas com as calemas, assoreamento da bacia, permitindo mais fluidez a navegabilidade e atracagem dos navios de grande porte e com segurança no Porto de Cabinda.
Refinaria Para além da vertente de mobilidade, há a registar, igualmente, o início da obra da futura Refinaria de Petróleo de Cabinda, um ambicioso projecto industrial que vai mitigar o desemprego na província.
Esta importante infra-estrutura económica vai transformar a província num potencial produtor e transformador de derivados do crude.
A primeira fase das obras de construção da Refinaria de Cabinda serão concluídas em Dezembro próximo, de acordo com o director-geral da empresa GEMCORP, Marcus Weyll, encarregue pela empreitada.
As obras desta primeira fase estão a 26 por cento de execução física e 100 por cento da parte financeira. Todos os equipamentos da Refinaria já se encontram no local (Planície de Malembo), assim como sete dos 18 tanques reservatórios que serão, posteriormente, montados.
Entre a construção, montagem e a operacionalização da Refinaria serão criados 1.500 postos de trabalho.
A maior parte dos quais destinados à população mais jovem de Cabinda.