Um grupo de funcionários afectos ao complexo comercial Cidade da China asfixiou até à morte um empresário de nacionalidade chinesa, com a finalidade de subtrair um montante avaliado em 70 mil USD, além de mais de 3 milhões de kwanzas que se encontravam guardados no cofre da empresa gerida pela vítima de 60 anos
Neste momento estão detidos três cidadãos nacionais implicados directamente no crime, de acordo com o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa, que, relativamente à qualidade do cidadão chinês, disse tratar se do gestor do armazém de stock e cozinheiro de gastronomia chinesa.
O superintendente-chefe de investigação criminal Manuel Halaiwa contou que os factos ocorreram na passada quartafeira, 21 de Fevereiro, quando eram 10 horas, na secção de armazenamento de fardos de roupas e calçados. “O Serviço de Investigação Criminal tomou conhecimento da existência de um cadáver, no complexo comercial da Cidade da China, isto, pelas 10 horas, do dia 21 de Fevereiro”, avançou.
O porta-voz desse órgão forense frisou ainda que, por conta da gravidade dos factos, o SIC, através do seu Departamento de Investigação Criminal de Viana, fez deslocar uma equipa de especialistas, incluindo operacionais de criminalística, que, pela perícia feita, obtiveram dados preliminares que apontam para homicídio qualificado em razão dos meios por asfixia mecânica.
As imagens captadas pelo sistema de videovigilância daquela empresa, e que foram postas a circular nas redes sociais, mostram os trabalhadores de cargas. Aproveitaram-se da distracção da vítima, para o asfixiarem e, de seguida, aplicaram-no uma injecção cuja substância ainda está por se determinar pela medicina legal da morgue do Hospital Josina Machel. “Acto subsequente, dirigiram se a um dos compartimentos e arrombaram um cofre que lá se achava, subtraindo 70 mil USD e 3 milhões de kwanzas.
São dados preliminares que, no decurso da investigação, vamos melhor determinar”, garantiu, acrescentando que “no encalço dos marginais, foi possível deter três cidadãos envolvidos directamente na acção”. Após a detenção dos implicados, estes foram presentes ao Ministério Público, onde se encontram a ser ouvidos, a fim de, a posterior, serem apresentados ao juiz de garantias que deverá aplicá-los as medidas de coacção correspondentes aos actos que lhes são imputados.
O oficial de investigação criminal, em nome do órgão que representa, apelou a todos os cidadãos nacionais ou estrangeiros, particularmente aos empresários, a evitarem o armazenamento de somas avultadas de dinheiro, nos seus estabelecimentos comerciais, ou residências. O conselho foi dado no sentido de absterem-se, também, do crime de retenção de moeda, além de reduzirem a probabilidade de serem alvos de assaltos.
Reforçada segurança na Cidade da China
A garantia foi dada pelo responsável da administração do complexo comercial Cidade da China, quando falava à imprensa sobre o assassinato do seu compatriota, que ocorreu no estabelecimento sob sua gestão. “Primeiro, todos nós, chineses, sentimo-nos muito triste por perdemos um chinês, e, segundo, nós, Cidade da China, reforçamos a segurança de toda Cidade”, assegurou o responsável daquela cidade, dando nota de que o espaço continua a operar com normalidade. Por outro lado, elogiou a intervenção da Polícia, na actuação do caso do empresário e augurou que o SIC possa prender os criminosos foragidos o mais cedo possível.