A iniciativa vai servir de mecanismo de retenção dos jovens no processo formativo, sobretudo das zonas recônditas, deu a conhecer o director do Instinto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), Manuel Mbangui
Os formandos do Sistema Nacional de Formação Profissional, sobretudo das zonas recônditas do país, poderão contar com um subsídio de aprendizagem que vai servir de mecanismo de retenção e incentivo aos jovens destas áreas a se dedicarem ao processo formativo, anunciou, ontem, o director do Instinto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), Manuel Mbangui.
O responsável disse que a proposta está em fase de elaboração, de modo a encontrarem as respectivas formas de financiamento.
No redesenho que foi feito aos programas “Avanços” e “Capacita”, criados para acelerar a formação profissional em determinadas regiões do país, sobretudo nas áreas recônditas, foi possível identificar a possibilidade de implementação do subsídio de aprendizagem.
A execução deste plano vai servir como mecanismo de retenção dos jovens formandos ao nível da formação profissional de todo o país, sobretudo das zonas longínquas.
Manuel Mbangui referiu ainda que a intenção vai ser levada para a apreciação e consideração ao nível do Presidente da República, na qualidade de Titular do Poder Executivo, para que a sua implementação seja para breve.
O director do INEFOP revelou, igualmente, que parte dos casos de desistência dos cursos de formação profissional, em 2022, estiveram ligados aos jovens das províncias onde exercem actividades sazonais.
Apontou que, sobretudo no interior do país, os jovens abandonam a formação profissional para se dedicarem a outras actividades. Manuel Mbangui, que falava durante a abertura das primeiras Jornadas Técnico Científicas da Formação Profissional, disse que a iniciativa surge com base em várias estratégias para acabar com o elevado nível de desistência dos jovens nos centros, em especial nas zonas rurais do Sul e Norte de Angola.
Ao discursar na abertura das primeiras Jornadas Técnico-Científicas de Formação Profissional, o responsável salientou que em determinadas épocas do ano, no Sul do país, os jovens desistem da formação para cuidarem do gado da família, enquanto no Norte se dedicam à produção de carvão e outras actividades agrícolas.
“Ou seja, existem ainda alguns factores que estão a contribuir para a desistência dos jovens na formação profissional, pelo que devemos encontrar os melhores mecanismos de combate”, defendeu.