A directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade no Género de Benguela, Leonor Fundanga, afirmou, ontem, que as mangas asseguram a subsistência daquela população gravemente afectada pela fome
Cento e vinte e quatro famílias na localidade de Lomia, município de Caimbambo, são afectadas por uma grave crise alimentar. A fome obriga a que habitantes se alimentem de mangas verdes, segundo noticiou a RNA local. O município do Caimbambo vive momentos muito difíceis. Um mês depois de ter sido afectado pela morte de milhares de cabeças cialidades agro-pecuárias.
Oxalá estas pessoas (que se alimentam de manga) não contraiam patologias”, augurou. Impotentes, as autoridades governamentais locais lançam um grito de socorro às organizações não governamentais (ONG) para a prestação de assistência às famílias carenciadas, auxiliando o Governo a inverter o quadro, caracterizado como preocupante, tendo em conta o facto de a crise estar igualmente a afectar outras famílias que vivem em zonas recônditas dos municípios do Chongorói, Ganda e Cubal. de gado, alegadamente por falta de pasto, o município volta a sofrer um “golpe”, desta feita a crise alimentar, obrigando a que 124 famílias tenham como recurso alimentar a manga verde, um facto que, entretanto, coloca em risco a saúde dos indivíduos, segundo um especialista sanitário disse a OPAÍS.
“A manga é dos poucos alimentos que, em termos de nutrientes, não tem tanto para dar, ainda mais a verde. Não é crível que os municípios do interior (Caimbambo, Chongorói, Cubal e Ganda) estejam a passar por problemas alimentares, dadas as poten- Em entrevista à RNA, a directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Leonor Fundanga, afirmou que as mangas estão a assegurar a vida daquela população gravemente afectada pela fome.
“A título elucidativo, disseram que uma criança come duas a três mangas para matar a fome”. Para já, sem avançar a estratégia do Governo face à aflição das famílias, Leonor Fundanga apela à sensibilidade de vários segmentos da sociedade de Benguela para se eliminar o problema.
“Devíamos mobilizar bens alimentares para apoiar as famílias do Caimbambo e do Chongorói. Para este caso, vamos reunir as organizações femininas para ver em que posições nos poderão ajudar para minimizar a situação”, prometeu Leonor Fundanga.