O jovem, que em vida se chamou Caetano Vicente, de 22 anos de idade, foi encontrado morto, nas primeiras horas desta quarta-feira, 12, no interior de um tanque de água, do bairro Cerâmica, em Cacuaco.
A família desconfia que o malogrado terá sido morto pelo seu colega e atirado no interior do tanque de água da residência onde viviam.
A causa desta desconfiança, conforme o irmão da vítima, surge pelo facto de o acusado, na qualidade de vizinho, ter informado à família sobre o desaparecimento do amigo, na noite depois de um convívio no quintal de casa.
Soares José Paulino, irmão mais velho da vítima, contou ao jornal OPAÍS que o convívio entre os jovens aconteceu na noite de segunda-feira, 11, e com a vítima, para além do acusado, estavam mais três jovens.
Um dos amigos envolvidos no caso confirmou à família que o malogrado regressou em casa na referida noite.
A nossa fonte explicou igualmente que, no dia seguinte, foi quando a família recebeu um telefonema, vindo do acusado, informando sobre o desaparecimento do amigo, demostrando aos parentes preocupação da ausência do colega de trabalho e vizinho.
No local do acontecimento, os familiares foram surpreendidos com a notícia de que a vítima já se encontrava morta, no interior do tanque de água de casa, com o corpo completamente despido e sem sinais de espancamento.
“O tanque se encontrava cheio de água, com o meu irmão dentro, sem sinais de espancamento ou afogamento, mas numa posição inclinada, com o pescoço mal posicionado e sem qualquer roupa”, explicou. Levado à morgue, mesmo morto, apresentava sangramentos nos ouvidos.
A família atribui a culpa da morte do jovem Caetano Vicente ao amigo, pelo facto deste ter sido encontrado ainda em posse de imagens que mostravam a vítima com roupa interior, dentro de uma obra, bem como uma motobomba, que supostamente era para ser usada para retirar a água no tanque.
A mãe do malogrado, Margarida Alberto Sousa, descreve o filho como sendo uma pessoa de trato fácil, obediente e respeitosa, e que sempre participou da vida religiosa. “Sem problema nenhum, mostrava ser uma pessoa calma e de poucas palavras”, sustenta.
A mãe revelou que o filho, nos últimos tempos da sua vida, deixou de parecer uma pessoa de bons princípios, desconfiava estar desviado do bem, inclusive foi aconselhado a regressar à casa dos pais.
Nascido aos 25 de Novembro de 2001, em Luanda, o jovem, de 22 anos, trabalhava, segundo a família, numa das Clínicas Sagrada Esperança, na área de limpeza, junto com o seu amigo, que conheceu há seis meses.
O jovem acusado encontra-se detido numa das esquadras do município de Cacuaco, e a família aguarda pelo trabalho dos Serviços de Investigação (SIC) para o desfecho do caso e consequente enterro do ente.
Por: Adelino Kamongua