O ensino especial na província do Cunene foi implementado em 2004, com a inauguração da Escola Rainha Nekoto de Ondjiva. Este ano, o sector matriculou 903 alunos com deficiências auditivas, visuais e mentais.
O processo de extensão do ensino especial à todos os municípios da província do Cunene, constitui a principal prioridade do sector da Educação para o ano de 2018, visando a integração de crianças com necessidades educativas especiais nas escolas. Em declarações à Angop, a propósito da abertura do ano lectivo 2018, a directora da Educação no Cunene, Lúcia Faria Txiuissa, disse que para o efeito foram feitos levantamentos a nível dos municípios de Namacunde, Cuvelai, Ombadja e Cahama, onde existe um “considerável número” de alunos com necessidades especiais de aprendizagem.
Disse que numa primeira fase se torna fundamental a criação de condições nas escolas inclusivas para atender os alunos com necessidades educativas especiais, mediante a capacitação de professores específicos para atender este tipo de ensino.
Salientou que para que haja fluidez e solidez naquilo que é o projecto, se está a trabalhar na selecção de supervisores, no sentido de trabalharem junto a estas turmas e darem auxílio aos docentes. Lúcia Faria Txiuissa fez saber que no Cunene existe apenas uma escola do género na cidade de Ondjiva, município do Cuanhama, com seis salas de aulas, insuficiente para atender a demanda deste seguimento, razão por que trabalham em parceria com as administrações municipais para criação de espaços, no sentido de garantir o direito a educação às pessoas com necessidades especiais. Enfatizou que a integração das crianças com necessidades educativas especiais tem por objectivo dar uma viragem ao regresso de alunos considerados “deficientes” às escolas normais.