As obras nas Faculdades de Engenharia e de Ciências, no Campus Universitário, estavam previstas para serem entregues em 2014, entretanto, até agora permanecem inconclusas, uma situação que apresenta transtornos aos estudantes das duas faculdades
Texto de: Stela Cambamba
as condições que o Campus Universitário actualmente apresenta têm condicionado bastante a transferência das instalações das Faculdades de Engenharia e de Ciências do centro da cidade ao Camama, segundo constatações feitas pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, ontem, durante uma visita à Cidade Universitária.
O aumento do número de estudantes, que não tem sido acompanhado pelo mesmo número de docentes, tem dificultado o seu harmonioso desempenho, uma vez que muitos têm que regressar ao centro da cidade, mais propriamente na Faculdade de Engenharia, para prosseguir os trabalhos.
A ministra Maria do Rosário Bragança Sambo, que falou à imprensa à margem de uma visita de constatação ao Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto (UAN), referiu também que ainda não foram criadas as condições para a construção dos laboratórios das duas referidas faculdades, apesar de tais obras serem consideradas de carácter urgente.
“Pretendemos que nas condições actuais o que está construído funcione de forma efectiva, e que tenha condições para se manter e completar o que falta, porque este facto tem muito a ver com a continuidade dos estudos dos discentes das instituições acima referidas”, frisou a responsável pelo ensino superior.
Almeja que neste ano sejam alcançados resultados que permitam melhorar a situação. Ainda no âmbito das questões prioritárias, inclui-se um posto médico para atendimento às urgências, bem como o apoio da Polícia, para garantir a segurança da instituição.
A visita de constatação contou com a presença do ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, este que, apesar de ter reconhecido constrangimentos existentes para a obtenção de cambiais destinados à compra de materiais para a conclusão de algumas obras, garantiu que esforços estão a ser desenvolvidos para mitigar a situação.
Quanto os erros nos projectos, que o ministro considerou normais, orientou que sejam corrigidos. Há erros relacionados com a drenagem das águas pluviais, com desníveis no ao solo, uma vez que as águas caem e, se o sistema de bombagem não funcionar, causa problemas sérios.
Segundo o titular da pasta da construção, o principal constrangimento à conclusão efectiva das obras é a crise. “Os recursos financeiros estão escassos, fez-se o essencial, mas é preciso concluir, realmente, a primeira fase”, sublinhou.
A segunda etapa do Campus refere-se à exploração e gestão do mesmo, que inclui a conservação, a manutenção e a segurança. Concluiu-se que será criado um grupo de trabalho composto por entidades envolvidas no projecto, que durante dez dias terá a responsabilidade de actualizar o memorando do que foi feito (e do falta por fazer) e incluir uma matriz de responsabilidades.
Assim, será possível encaminhar as preocupações referentes ao Campus Universitário aos níveissuperiores. Será necessário um cronograma de actividades para definir prazos de execução. O vandalismo que se regista no interior da instituição, por falta de segurança, é outro aspecto que preocupa os dirigentes e que também será solucionado, já que a bomba de combustível foi sabotada recentemente por marginais.