A presentada ontem, 22 de Julho, na província do Uíge, pelo Serviço de Investigação Criminal, a jovem foi detida após ter escolhido esta província para se esconder.
Estudante do segundo ano do curso de Enfermagem, no Instituto Superior Internacional de Angola (ISIA), a jovem entendeu estar apta a administrar determinados medicamentos à amiga, que pretendia interromper uma gravidez.
Este facto ocorreu no município de Talatona, no bairro da Fubu, onde a cidadã administrou o medicamento na amiga em estado de gravidez, e esta passou mal.
Dada a gravidade da situação, ainda tentou levar a amiga numa unidade hospitalar próxima, onde a abandonou, tendo esta de seguida conhecido a morte.
Por saber que tinha cometido um erro, pôs-se em fuga, sem sequer ter conhecimento de que a amiga tinha morrido.
“O SICLuanda manteve contacto connosco, alegando que a cidadã tinha escolhido a nossa província para se esconder, e, diligências feitas, foi possível detê-la.
Vai seguir viagem à cidade capital onde foi aberto o competente processo”, disse Zacarias Fernando, porta-voz do SIC-Uíge.
A morte da amiga foi confirmada no dia 11 de Julho do corrente ano, na capital, e as suspeitas foram levantadas porque a estudante fugiu.
Na tentativa de ser ouvida pela equipa de reportagem do jornal OPAÍS, a estudante universitária remeteu-se ao silêncio, embora tenha negado o seu envolvimento no crime de que vem sendo acusada, quando ouvida inicialmente pelo órgão de investigação.
Entretanto, como o porta-voz disse, quem não deve não teme, pelo que se realmente não fez nada, não teria razões de fugir ao Uíge.
Jovem forja o seu rapto para extorquir 100 mil kwanzas aos pais
Num outro caso, ainda na mesma micro operação realizada pelo SIC-Uíge, no último fimde-semana, é detida a jovem Ana Nzinga, de 18 anos de idade, acusada de ter forjado o seu próprio rapto para conseguir 100 mil kwanzas dos seus pais.
A jovem simulou, com a ajuda dos seus amigos, o seu sequestro e foi mandando mensagem do SIC-Uíge aos seus progenitores para que pagassem o resgate.
Os pais, por sua vez, entraram em contacto com a polícia e apresentaram a ocorrência, alegando que lhes estava a ser exigido o valor de 100 mil kwanzas.
Ao tomar conta da situação, realizaram diligências que culminou com a detenção da implicada, a suposta vítima. A jovem ficou desaparecida durante 48 horas.
“Na verdade, eu conheci um jovem no facebook que me prometeu mandar um computador e telefone, pelo que aceitei. Ele disse que devia enviar 100 mil kwanzas, num IBAN que me enviou.
Era burla e ele foi insistindo até que passou a chantagearme dizendo que iria publicar fotos minhas e da minha mãe nas redes sociais”, conta Ana Nzinga.
Ana disse ainda que, por conta da pressão, viu-se obrigada, numa altura em que estava a comemorar o seu aniversário com os amigos, a simular o seu sequestro para conseguir os 100 mil kwanzas. Disse não ter contado aos pais, porque tinha medo.