Mais de 300 alunos na comuna do Lépi, no Huambo, serão enquadrados no sistema de ensino e aprendizagem, no próximo ano lectivo, com a reabilitação e ampliação da escola primária e do Iº Ciclo. A população local pede que seja instalada também uma biblioteca
A comuna do Lepi, que pertence ao município de Longondjo, província do Huambo, dista quase 33 quilómetros da sede municipal, e conta com uma população de mais de 20 mil habitantes, ganhou, ontem, mais uma escola. O complexo escolar do ensino primário e do Iº Ciclo do Léppi número 49, antes da inauguração, contava apenas com quatro salas de aula, leccionava nos períodos de manhã e de tarde, e t,acolhia 530 alunos.
Um ano depois do lançamento da primeira pedra, o complexo passou por um processo de reabilitação e ampliação e conta agora com mais quatro salas de aula, perfazendo um total de oito, gabinete do director e vice-director, casas de banho, sala de reunião, sala dos professores e uma quadra polidesportiva. Assim sendo, serão adicionadas mais de 300 crianças no próximo ano lectivo, o que vai ajudar a diminuir o número destas fora do sistema de ensino.
Para o soba grande da comuna do Lépi, Fernando Paulo Kendissa, há satisfação por parte da população, pelo que considera este bem de extrema importância e que irá impulsionar o desenvolvimento da comunidade. Apesar de reconhecer que ainda muitas crianças, nas aldeias, estejam fora do sistema de ensino por falta de escolas e professores, acredita que esta escola, ora inaugurada, vai desafogar o número. “Queremos que todas as crianças estudem para que haja desenvolvimento na nossa comunidade.
Aconselho a todos os encarregados de educação no sentido de acompanharem os seus educandos”, rematou. A construção desta escola faz parte de um projecto de acção social da empresa Hiper Máquinas, do ramo de exploração mineira. Foi feita no período de um ano, com a ajuda da população em geral. Segundo o director-geral da referida empresa, Sérgio Lamas, alguns dos materiais usados na construção da escola foram retirados daquela localidade, como o granito, as rochas, os mármores, entre outros.
Pedido para a construção de uma biblioteca
Em representação dos alunos, Marcelino Nambalu manifestou que estarão comprometidos com a preservação da escola, para que as outras gerações também possam beneficiar daquela infra-estrutura. “Em nome de todos os alunos, agradecemos por tornarem o nosso sonho uma realidade. Não vamos sujar as paredes, nem partir os vidros e as carteiras. Entretanto, pedimos também que nos ajudem na construção de uma biblioteca para investigação e para cultivarmos o hábito de leitura”, disse o jovem.
Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, que liderou a caravana, disse que esta acção mostra que o sector mineiro, além do cumprimento da sua tarefa principal relativamente aos contratos de investimento mineiro, também tem contribuído para a realização de projectos de responsabilidades social.
“Nós queremos dar os nossos parabéns à empresa que realizou este trabalho e chamar a atenção a outras empresas mineiras para que não fiquem apenas pelo que devem fazer por obrigação da lei, mas que se excedam e façam mais projectos sociais”, disse o dirigente. Considera que as empresas do sector que dirige, neste aspecto, tem-se dedicado, mas gostaria que fizessem mais, porque acredita que é possível, desde que haja uma interacção constante entre as empresas do ramo, as comunidades e as administrações locais. “Todos juntos podem fazer muito mais”, enfatizou